INTRODUÇÃO: A função auditiva é bastante complexa. O pavilhão auditivo é encarregado de captar e adaptar, com suas estruturas, as ondas sonoras vindas do meio externo para o sistema nervoso central codificar as informações e, com isso, haver a compreensão da “mensagem”, ou seja, a comunicação. Em 2010, o Brasil contava com 23,92% de sua população referida como deficiente, e dentre estes, 21,31% com algum tipo de deficiência auditiva. A maioria dos profissionais de saúde não sabe usar a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS), o que dificulta, quando não impede ou prejudica o acesso da pessoa portadora de deficiência auditiva aos serviços de saúde a que tem direito. Esses dados evidenciam a necessidade de atenção especial a essa parte da população. OBJETIVO: Relatar a experiência de acadêmicos do curso de Enfermagem da Universidade Federal do Pará vivenciada com deficiente auditiva e registrar a importância do conhecimento em LIBRAS. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo do tipo relato de experiência, de caráter descritivo. A experiência foi vivenciada no primeiro semestre de 2017, a partir de uma prática acadêmica condizente à atividade curricular Estágio Vivencial em Saúde da Criança, em uma Unidade Básica de Saúde do município de Belém. Os acadêmicos identificaram a impossibilidade de atendimento por um profissional de saúde a uma lactante com problemas para amamentar ao seu bebê, em virtude de ser deficiente auditiva. Dessa forma, um dos acadêmicos conseguiu contornar o problema, visto que possuía um pouco de domínio em LIBRAS, conseguindo, então, estabelecer uma comunicação com a lactante. RESULTADOS: Utilizando as LIBRAS, foi possível realizar a educação em saúde através de orientações e demonstrações sobre técnicas de amamentação, sanando os problemas dessa lactante. CONCLUSÃO: O enfermeiro e os outros profissionais de saúde precisam estar preparados para atender qualquer pessoa, independente de qual deficiência a pessoa apresente, visto que a comunicação entre o profissional e o cliente é de fundamental importância para a manutenção da qualidade de vida do mesmo.