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Anais - 21º CBCENF

Resumo

Título:
O TRATAMENTO DE CÂNCER UTERINO E O IMPACTO NA SEXUALIDADE FEMININA
Relatoria:
FERNANDA ARAÚJO TRINDADE
Autores:
  • Mônica Custódia do Couto Abreu Pamplona
  • Ana Luísa Soares dos Santos
  • Jamyle Guedes da Costa
  • Raphael Resende Gustavo Galvão
  • Thayana Jacqueline Correa Simões
  • Dayara de Nazaré Rosa de Carvalho
Modalidade:
Pôster
Área:
Valorização, Cuidado e Tecnologias
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: O câncer ginecológico constitui um grave problema de saúde pública no Brasil, por afetar diferentes dimensões da vida da mulher, tanto em nível físico quanto sociocultural e psicológico. De acordo com o progresso e a gravidade da doença, a indicação para tratamento passa da radio ou quimioterapia para a histerectomia. Embora o tratamento traga benefícios, os efeitos adversos agudos ou tardios parecem interferir na qualidade de vida das pacientes. Objetivo: buscar evidências disponíveis na literatura acerca do impacto da cirurgia de histerectomia sobre a sexualidade feminina. Metodologia: a presente revisão integrativa foi realizada por meio de pesquisa nas bases de dados LILACS, SCIELO, BDENF, utilizando-se os seguintes critérios de inclusão: textos completos relacionados ao tema, publicados no período de 2013 a 2018. Resultados: Evidencia-se o predomínio dos sentimentos de desespero e medo, negação e vergonha frente ao diagnóstico da doença. Os efeitos colaterais da radio e quimioterapia são variados e intensos (êmese, náuseas, astenia, perda acentuada de peso, entre outros), podendo causar ainda desânimo e sintomas depressivos, principalmente quando da perda de pêlos/cabelo, uma das principais características sexuais femininas. Nos casos mais graves, a necessidade de retirada do órgão reprodutivo pode afetar a visão que a mulher possui de si mesma, fazendo-a se sentir inferior a outras, sobretudo quando na faixa etária de até 30 anos, momento em que planejava engravidar, causando impactos psicológicos negativos em sua vida. Tais impactos incluem baixa autoestima, estresse, isolamento e depressão, podendo inclusive levar à ruptura de relações familiares ou até mesmo ao suicídio. Conclusão: A importância de relações de apoio na família, amigos e profissionais de saúde são destacadas como essenciais para o enfrentamento da nova realidade vivenciada. Ao enfermeiro compete o apoio a partir do momento da suspeita, no exame preventivo; bem como no diagnóstico, com a resposta a questionamentos e encaminhamento à centros de referência; e também durante o tratamento, respondendo questionamentos do paciente e da família. Ademais, compete ao profissional apoiá-los no âmbito físico, psíquico e social, oferecendo atendimento humanizado e contribuindo para a melhora da qualidade de vida dessas pacientes e suas famílias.