Introdução: A capacidade funcional pode ser definida como potencial da pessoa em decidir e atuar no seu cotidiano de maneira independente.¹ A relação entre a qualidade de vida e saúde é defendida cada vez mais por pesquisadores, o que faz com que a mesma seja utilizada para avaliação dos resultados de tratamentos, intervenções, programas e estratégias de cuidado.² Objetivos: Avaliar e comparar a capacidade funcional das pessoas com feridas crônicas e o impacto destas na qualidade de vida. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal, composto por 135 pessoas com feridas crônicas residentes em um município do Centro-Oeste de Minas Gerais. Os dados do estudo foram coletados no ano de 2016 e 2017 por meio de um questionário contendo os instrumentos de índice de Katz e Cardiff Wound Impact Schedule. Resultados: Entre os 135 participantes 58,5% (79) são do sexo feminino, 58,5% (79) são portadores de Hipertensão Arterial e 36,4% (44) de Diabete Mellitus. A média de idade foi de 64 anos. A média de anos de estudos foi de 4 anos. Em relação aos escores dos domínios de qualidade de vida Cardiff, para o domínio bem estar à média foi de 53,39, para o domínio sintomas físicos de vida diária 27,90 e a média do domínio vida social 29,75. As atividades vestir-se, uso do banheiro, transferir-se e alimentar-se tiveram associação com os domínios sintomas físicos de vida diária e vida social. Já as atividades banhar-se e controle esfincteriano de micção e evacuação associaram-se ao domínio vida social. Conclusão: Podemos concluir que a capacidade funcional da pessoa com ferida crônica possui grande relação com sua qualidade de vida, destacando nesse estudo um impacto negativo da ferida na vida social do indivíduo.