A hanseníase é uma doença infectocontagiosa, tendo como principal agente causador o Mycobacterium leprae. As estatísticas mais recentes de acordo com a OMS mostram que os novos casos aumentaram em todo o mundo, principalmente no Brasil. O contato ou comunicante é aquele que convive ou conviveu com um doente com hanseníase nos últimos cinco anos, antes desse iniciar o tratamento. Esse grupo precisa que ações de controle, já que a probabilidade de adoecer é maior, sendo o risco de quatro a 10 vezes maior quando houver contato com paciente Multibacilar. Este trabalho consistiu em elaborar uma análise de dados do Sistema de Informações de Notificações de Agravos (SINAN) quanto aos casos de Hanseníase e os contatos intradomiciliares examinados ou não no município de Itupiranga – PA no período de 2014 a maio de 2018. Trata-se de um estudo quantitativo descritivo transversal. O estudo foi realizado no município de Itupiranga-PA no período de janeiro de 2014 a maio de 2018. As variáveis estudadas foram o nº de casos de Hanseníase registrados e os contatos intradomiciliares examinados ou não. Os dados foram coletados de base exclusivamente secundária, as informações foram obtidas no sítio do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde – (DATASUS) e do (SINAN) e expressos em números absolutos. O município de Itupiranga localizado no interior no Pará, possui cerca de 51.806 habitantes e 5 ESF. Analisando os dados dos últimos cinco anos da SVS do município de Itupiranga-PA, no ano de 2014 foram notificados 59 casos de hanseníase, 237 contatos intradomiciliares registrados, 191 avaliados e 46 não foram examinados; já no ano de 2015 houve 51 casos, 153 contatos registrados e 11 não foram examinados; no ano de 2016 houve 34 casos, 93 contatos registrados, 71 examinados e 22 não foram avaliados; no ano de 2017 houve 21 casos de hanseníase, 91 contatos registrados, 65 avaliados e 26 não foram avaliados; no ano de 2018 até o mês de julho, tivemos 21 casos, 49 contatos registrados, 24 avaliados e 25 não avaliados. Percebe-se a necessidade de ações de controle para os comunicantes de hanseníase, uma vez que se trata de uma doença de alto risco de adoecimento. Dessa maneira recomenda-se que os profissionais de enfermagem analisem o atendimento prestado no programa de controle da hanseníase, e que essa prática seja realizada de forma correta, afim de que a cadeia de transmissão seja interrompida e ocorra diminuição no número de casos diagnosticados e notificados.