Anais - 21º CBCENF
Resumo
Título:
PROTOCOLO DE MEDICAÇÕES MACERADAS CONTRIBUIÇÃO PARA A SUSTENTABILIDADE E SEGURANÇA DO PACIENTE
Relatoria:
CAMILA LEMOS TONHASOLO
Autores:
- MARISTELA PRISCILA NARDO RAMOS
- RODRIGO CESAR BARUFALDI
- IRENE DE SOUZA ANDRADE
- MARCIA VEIGA
- RENATA CRISTINA GASPARINO
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Valorização, Cuidado e Tecnologias
Tipo:
Relato de experiência
Resumo:
A administração de medicamentos via sonda de alimentação enteral consiste numa indicação relativamente segura, entretanto, pode ocasionar obstrução do cateter a qual pode acarretar desconforto o paciente no momento da repassagem, aumento da carga de trabalho da enfermagem e aumento dos materiais e subseqüente custos O objetivo desse estudo foi diminuir a incidência de obstruções de cateteres enterais por meio da implantação de um protocolo de medicações maceradas estudo descritivo, tipo relato de experiência do processo de trabalho desenvolvido na farmácia e unidades de internação de um Hospital Escola, onde a farmácia hospitalar dispensa medicamentos para administração de medicação via oral por sonda enteral O Serviço de Farmácia elaborou uma tabela contendo os medicamentos padronizados na Instituição, definindo quais podem ser macerados ou não, e quais seriam as opções de substituição pelo médico Diariamente os farmacêuticos recebem a lista dos pacientes que estão utilizando sonda enteral e quais medicamentos deverão ser macerados Se houver algum medicamento que não possa ser macerado, a farmacêutica entra em contato com o médico para realizar a substituição do mesmo por outra apresentação farmacêutica Os medicamentos macerados são enviados em dose unitária, por paciente, juntamente com um kit de administração que consiste em uma seringa dosadora, de coloração azul e duas unidades de água destilada, para a equipe de enfermagem apenas diluir e administrar a medicação A seringa dosadora de coloração azul também é considerada uma barreira na segurança para o paciente, pois diferencia a administração por outras vias que não seja a enteral A dose do medicamento é embalada, identificada e dispensada pronta para ser administrada, com etiquetas com lote inicial e lote final após maceração, sem necessidade de transferências, cálculos e manipulação prévia por parte da enfermagem Para tanto, foi realizada a capacitação das equipes de farmácia e enfermagem esclarecendo como administrar as medicações e como utilizar a seringa azul Em 2014 a incidência de obstrução de cateter enteral era de 42%, e em 2015, de 39% Após 2016 quando foi implantado o protocolo de medicação macerada e as equipes foram capacitadas, essa incidência reduziu para 0% até o momento setembro de 2018 Observa-se que a implantação do protocolo contribuiu efetivamente para a segurança do paciente e diminuição do material descartado em 42% e maior sustentabilidade.