De acordo com a Organização Mundial da Saúde é estimado que morrerão onze milhões de pessoas em 2030 de câncer, sendo considerado um grave problema de saúde pública no Brasil. O acometimento do câncer muitas vezes induz aos pacientes aproximar-se ou atribuir valor na espiritualidade pois, embora exista inúmeras formas de tratamento, o câncer ainda é considerado uma doença “incurável”, que evidencia a proximidade da morte. Com isso, este trabalho tem o objetivo de descrever a percepção de um acadêmico de enfermagem acerca do enfrentamento do câncer em pacientes na perspectiva da fé e da espiritualidade. Trata-se de um estudo descritivo tipo relato de experiência, através das atividades realizadas pela disciplina Enfermagem na atenção à saúde do adulto II, em um Hospital oncológico situado na cidade de Itabuna interior da Bahia no período de maio a junho de 2018. O serviço possibilitou participar em adequação na rotina da quimioterapia, e consequentemente perceber o indivíduo e o câncer. Enfatizou-se a realidade de pacientes sobre a gravidade e agressividade das neoplasias e o impacto na sua vida. Durante a assistência, evidenciava-se a existência de um fator espiritual frente ao acolhimento nas entrevistas e avaliações vivenciada na quimioterapia, visto presente em muitos pacientes a fé como força, em uma dimensão espiritual creditada na expectativa de cura, implicando na percepção de alguns pacientes sobre o sentido da vida, e construção da resiliência através das diversidades vividas durante o tratamento, e nessa experiência, foi possibilitado relacionar a vivência com o foco do cuidado de enfermagem mais altruísta, social e espiritual, como afirma a teoria transpessoal do cuidado de Jean Watson, gerando pensamentos de esperança, e diversificando a percepção fora do parâmetro de fim da vida. Então, assim, percebe-se a minimização do sofrimento pelo paciente oncológico ao obter a fé e atitudes espirituais para o enfrentamento da doença. Conclui-se visando afirmar a necessidade da sensibilidade da enfermagem na valorização da espiritualidade como estratégia do tratamento, apresentando estratégias nas teorias humanísticas, gerando esperança no indivíduo, resultando na capacidade de permitir-se viver frente ao abominável câncer.