Introdução: A parada cardiorrespiratória (PCR) é definida como a interrupção das atividades respiratória e circulatória efetivas. A reanimação cardiopulmonar (RCP) visa à preservação da vida, da saúde e das capacidades neuromotoras e psicológicas; sendo que em pacientes hospitalizados existe uma complexidade maior no atendimento em decorrência da existência de comorbidades associadas e patologias já instaladas, piorando o prognóstico. Objetivos: Avaliar o conhecimento da equipe de Enfermagem que atua em unidades de internação de forma a correlacionar com o perfil clínico e o prognóstico do paciente após uma PCR. Metodologia: O estudo teve natureza quanti-qualitativa do tipo descritivo exploratório com delineamento transversal, do tipo pesquisa de campo desenvolvido em um hospital de Serra/ES. Os participantes do estudo foram divididos entre profissionais de enfermagem de nível médio e superior e pacientes que apresentaram PCR internados nas unidades de internação. A coleta de dados foi realizada de forma aleatória abordando questões sociodemográficas, conhecimento especifico, assim como avaliação das incidências, prevalências e características clínicas dos pacientes com base em um questionário semiestruturado e em informações coletadas através de dados disponíveis nos prontuários e indicadores de saúde da instituição. As variáveis qualitativas foram sumarizadas e apresentadas de forma descritiva por meio de distribuição de frequências, valores absolutos e relativos; e para as variáveis quantitativas foi utilizado teste exato de Fisher sendo adotado o nível de significância p<0,05. Resultados: Dentre os dados levantados pelo estudo, o que mais se destaca é a quantidade de óbitos pós-PCR quando confrontados ao sucesso no atendimento pela equipe. Visto que eles se correlacionam com uma porcentagem alta (40%) da estimativa geral de erros, quando comparados aos acertos sobre o conhecimento especifico, deixando claro a existência de um déficit relacionado ao manejo frente à PCR. Conclusão: Embora seja sólida e aparente a carência de conhecimentos da equipe de Enfermagem no atendimento a parada cardiorrespiratória, vários fatores vêm sendo relacionados ao atendimento inadequado ao paciente, refletindo em um resultado negativo na assistência ao paciente em PCR.