INTRODUÇÃO: A gestão é compreendida como uma ciência que ultrapassa lógicas, análises e o tecnicismo, incorporando dimensões de criação, intuição e cidadania. O modelo de assistência da Atenção Primária em Saúde – (APS) busca alcançar a população através de programas para os mais diferentes grupos sociais, sendo evidenciada nesse trabalho, a saúde indígena. Dentro dessa perspectiva o profissional de enfermagem deve levar em consideração o desenvolvimento de suas ações de forma a respeitar os aspectos sociais, políticos, econômicos e culturais, processo este que viabilizará a transição e consolidação do novo modelo da assistência à saúde. OBJETIVO: Relatar os desafios do gerenciamento de enfermagem na implementação dos programas na saúde indígena. METODOLOGIA: Trata-se de um relato de experiência de enfermeiros no primeiro módulo do curso de especialização em Saúde Indígena pela Universidade Federal Amazonas – UFAM, o qual oportunizou diálogos através de rodas de conversa com a presença de servidores do Distrito Sanitário Especial Indígena – DSEI-AM. RESULTADOS E DISCUSSÕES: As dificuldades de oferecer serviços de qualidade aos indígenas em suas aldeias depende de diversos fatores externos, principalmente fenômenos da natureza como: chuvas, período de seca ou cheia dos rios, que interferem na acessibilidade e transporte de materiais e pessoal aos locais de atendimento. A aceitação e o bom relacionamento com as lideranças indígenas são fatores importantes quando se discute o sucesso ou fracasso de uma ação em saúde, dessa maneira é importante que o gestor seja capaz de desenvolver sua ciência, não esquecendo do contexto cultural no qual está inserido. CONCLUSÃO: Entende-se que são inúmeros os desafios apontados, no entanto pode-se dizer que algumas consequências para tal resultado são: literatura científica, protocolos e manuais acerca de saúde indígena escassa ou inexistente, dados do Sistema de Informação da Atenção à Saúde Indígena (SIASI) inadequados, o que torna inviável a realização dos programas de forma contínua e atualizada, a falta de materiais de ponta, que proporcione mais praticidade ao serviço, como por exemplo, o uso de software offline para armazenar dados como registro vacinal, entre outros. Por fim, é reconhecido o avanço, mas para que o mesmo continue é necessário transcender os limites existentes.