A estomia é um procedimento cirúrgico a qual é desenvolvido um novo trajeto para aquele órgão que sofreu alguma alteração seja por acidente, câncer, ou por outro motivo. O estomizado sofre alterações de sua imagem corporal e perde o controle do seu próprio corpo, provocando diversas mudanças psíquicas as quais geram prejuízos em sua qualidade de vida e saúde mental. O estudo visou identificar os agravos na saúde mental de pacientes estomizados durante sua adaptação e os prejuízos que o procedimento gera em sua qualidade de vida. Tratou-se de uma pesquisa descritiva de abordagem qualitativa, realizada com 45 pacientes do município de Colatina - ES, independente do tipo de estomia. Foi aplicado um questionário estruturado do World Health Organization Quality of Life (WHOQOL-bref), o qual foi observado a qualidade de vida durante a sua adaptação frente ao procedimento. Foi identificado que pacientes estomizados possuem sentimentos negativos frente à sua imagem corporal e ambiente de convívio, reflexos da falta de informação sobre as estomias tanto antes quanto depois do procedimento. A sexualidade, apoio familiar, falta de informação, sistema de saúde, aceitação de si mesmo, foram os principais pontos responsáveis pela baixa da qualidade de vida. Conclui-se que o paciente estomizado necessita de acompanhamento e uma melhor assistência orientativas para a saúde mental e melhoria da qualidade de vida. As atividades nas Unidades Básicas de Saúde são fundamentais para o acompanhamento desses pacientes durante a sua adaptação após a confecção da estomia. As equipes de Saúde da Família precisam se sensibilizar para a criação de grupos de apoio para auxiliar clientes estomizados e seus familiares em sua adaptação e melhorias em sua qualidade de vida.