Objetivo: determinar a prevalência do consumo de medicamentos não prescritos em comunidades ribeirinhas da região do médio Solimões, Coari – Amazonas. Método: estudo transversal conduzido com ribeirinhos residentes em 3 comunidades ribeirinhas no Lago do Mamiá - Coari - Amazonas. A amostra foi extraída da amostragem probabilística por conglomerados, compreendendo 60 ribeirinhos, com 18 anos ou mais, que referiram ter consumido algum medicamento nos últimos 30 dias e aceitaram participar do estudo. O estudo foi realizado no período de abril a julho de 2015. Os dados foram analisados por meio do programa SPSS 20.0 for Windows. O estudo foi submetido e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo. Resultados: Houve um predomínio de mulheres (55,0 %) na população estudada. A faixa etária com maior número de indivíduos esteve entre 30 a 59 anos (51,7%). Em relação a situação conjugal, 85% vivem acompanhados. Quanto a escolaridade, 61,7% tinham 9 ou menos anos de estudos. Entre os problemas de saúde que levaram ao consumo de medicamentos sem prescrição, 38,8% dos entrevistados relataram problemas álgicos, 9 em cada 10 informaram estocar os produtos em casa. Entre os medicamentos consumidos pela população em estudo destacam-se os anti-inflamatórios não esteroides (AINES) com 60,3%. Conclusão: A automedicação é entendida como prática perigosa para a saúde e representa uma ameaça à saúde pública, devido aos gastos decorrentes por atendimentos, internações e óbitos, resultantes do uso incorreto e irracional de medicamentos.