A permanência de pacientes críticos no Serviço Hospitalar de Emergência tornou-se uma constante, devido ao aumento da demanda de pacientes críticos e ao não acompanhamento da oferta de leitos de Unidade de Terapia Intensiva. A presente pesquisa teve como objetivo analisar o conhecimento dos enfermeiros sobre a assistência prestada aos pacientes em estado crítico internados na unidade de emergência de um hospital público no município de Tucuruí-Pa. Trata-se de um estudo com abordagem qualitativa e método descritivo, cuja população constituiu-se de 8 enfermeiros atuantes na assistência direta ao paciente crítico na unidade de urgência e emergência do Hospital Regional de Tucuruí-Pa, que trabalham nos turnos manhã, tarde e noite. O formulário utilizado foi composto por 15 perguntas divididas em 04 categorias. Na categoria I, quanto ao perfil, pode-se observar que houve um predomínio do sexo masculino 75% em relação ao feminino 25%. Houve uma predominância de 75% dos entrevistados com idade entre 20-30 anos, sendo que 75% tinham entre 02-05 anos de formação, quanto a instituição de formação, 75% se formaram em uma instituição pública. Quanto ao tempo de serviço na instituição 50% atua entre 0-2 anos, semelhantemente o tempo de atuação na unidade de urgência e emergência. Ao fato de possuir especialidade, a maioria 75,5% não possuía. Na categoria II, conhecimento quanto ao Sistema de Classificação de Pacientes, foi perceptível a falta de conhecimento dos enfermeiros sobre o sistema. Na categoria III, quanto a assistência ao paciente em estado crítico, todos os enfermeiros responderam que os pacientes críticos referenciados para internação em UTI, permanecem na Sala de Emergência a espera de um leito. Na categoria IV, buscou-se entender as complicações que poderiam surgir ao paciente crítico bem como a contribuição da equipe para evitar tais complicações. Portanto, é importante que o enfermeiro, independente do setor em que esteja trabalhando, conheça o Sistema de Classificação de Pacientes e saiba como utilizá-lo, pois além de servir como instrumento de dimensionamento de quantitativo de pessoal de enfermagem de acordo com o grau de dependência dos pacientes atendidos, também pode ser utilizado como forma de prever custos e preservar a qualidade da assistência prestada.