Introdução: Trata-se de uma proposta de padronização de procedimentos da equipe de enfermagem para minimizar as divergências entre o aprendizado ensinado no laboratório de práticas de cuidar e o encontrado no campo prático de uma unidade hospitalar. Objetivo: Relatar aspectos facilitadores e dificultadores na construção e implementação do Manual de Procedimentos de Enfermagem. Metodologia: Deriva-se do relato de experiência extraído de um dos produtos do projeto de extensão Elaborando Manuais e Protocolos para os Serviços de Saúde proveniente de integração ensino-serviço entre a UNEMAT e o Hospital Municipal Arlete Daisy Cichetti de Brito de Tangará da Serra MT, no período de 2015-2017. Os dados foram levantados do relatório final encaminhado à PROEC/UNEMAT e das atas de reuniões dos grupos de trabalho. A estrutura do manual seguiu as normas da ISO 9000 e ABNT. Foram detalhados 77 procedimentos de enfermagem que após descrição foi revisado pela docente da disciplina de semiologia e semiotécnica do curso de enfermagem da UNEMAT-Campus Tangará da Serra e validados no hospital com a equipe de enfermagem e coordenação. As informações foram organizadas em dois eixos: Aspectos facilitadores e Aspectos dificultadores. Resultados: Quanto ao primeiro eixo destaca-se os cursos de formação para a qualificação do corpo de autores do manual, que integrou profissionais técnicos e enfermeiros do serviço de saúde, docentes e discentes, o método de organização construído para o produto final, as reuniões quinzenais pautadas em cronograma e o apoio de uma equipe técnica staff. A padronização dos processos e procedimentos em todas as unidades foi eixo primordial para que os procedimentos fossem redesenhados. Quanto aos aspectos dificultadores no início houve resistência para a construção, pois o serviço não possuía esse tipo de documento, gerou incerteza quanto a sua utilidade pela coordenação de enfermagem, o processo de implementação foi marcado por aspectos dificultadores tanto de apoio da direção do hospital quanto da própria coordenação de enfermagem, percebe-se baixo uso desse material na rotina dos serviços, pautados por análise nos registros de enfermagem e nas reuniões com os alunos. O tempo de implementação foi de um ano por motivos de resistência. Conclusão: Os desafios para a operacionalidade prática desse produto são grandes, pois requer mudanças comportamentais e culturais e que não são passíveis de serem resolvidas com normatizações documentais.