Introdução: É indubitavelmente relevante que o usuário idoso, portador de Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS), tenha conhecimento sobre a sua condição de saúde para aderir à terapêutica estabelecida, promovendo assim a sua saúde e prevenindo complicações cardiovasculares. Objetivo: Descrever o conhecimento dos idosos hipertensos acerca da sua condição de saúde, e específicos, conhecer o perfil sócio-epidemiológico; identificar o conhecimento acerca da patologia e tratamento; e, verificar os fatores que influenciam na adesão ao tratamento. Metodologia: Estudo do tipo exploratório e descritivo, com abordagem qualitativa, sendo realizado em com idosos portadores de HAS de uma Clínica da Família do município de Cuiabá-MT. Foi utilizado para a coleta de dados um formulário sociodemográfico e epidemiológico e a entrevista semi-estruturada. Os dados oriundos da entrevista foram tratados pela análise de conteúdo com a identificação das unidades de significados, identificação dos núcleos de sentidos e agrupamento de modo a comporem, as seguintes categorias: Conhecimento sobre a patologia; HAS e tratamento farmacológico; facilitadores e dificultadores da adesão ao tratamento farmacológico. Este estudo foi submetido e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos do Hospital Universitário Júlio Müller sob parecer nº 1.084.012/2015. Resultados: Os usuários conhecem a patologia baseado senso comum. Relatam que adquirem informações de variadas formas, incluindo a mídia e os profissionais de saúde, portanto apenas um usuário referiu a enfermeira como orientadora de cuidados. Quanto ao tratamento farmacológico, poucos conhecem sobre os medicamentos que utilizam, sua indicação e possíveis efeitos colaterais. Em relação a adesão ao tratamento farmacológico, elementos facilitadores incluem a disposição dos medicamentos em casa e ajuda de familiares, e como dificultadores da adesão que vão desde dificuldades visuais ou de leitura, como a burocracia na ESF para atualizar a receita e por vez falta de medicamento. Considerações finais: Os usuários apresentam déficit de conhecimento sobre sua patologia. É notório que isso influencia no processo saúde-doença desses usuários, pois são diversas as possíveis complicações decorrentes da HAS descontrolada. Desta forma, com base na divulgação desses resultados, os profissionais de saúde da atenção básica poderão propor estratégias para que tal realidade seja transformada, desenvolvendo a autonomia desses idosos.