O Estado de Rondônia realiza transplantes de córnea desde o ano de 2014, e em 2016 através da Portaria nº 502 do Ministério da Saúde, foi autorizado o Banco de Tecido Ocular Humano do Estado a avaliar e processar doações de córneas na capital, o que trouxe mais autonomia no processo de doação. O presente estudo objetivou-se em descrever o conhecimento dos enfermeiros atuantes em um pronto socorro público de Porto Velho, sobre o processo de doação de córneas. Trata-se de uma pesquisa descritiva transversal, apoiado em uma abordagem quantitativa, com enfermeiros assistenciais, aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa, sob o Parecer 2.634.536. A coleta de dados foi realizada através de questionários, contendo 10 perguntas, com amostra final de 33 participantes. Os dados foram analisados e apresentados em percentual, mostrando que 39,39% (N=13) tem experiência entre um a cinco anos na assistência direta ao paciente, e o restante, em partes iguais, 30,30% (N=10), atua a menos de um ano ou a mais de cinco. Quanto ao posicionamento pessoal, 27,27% (N=9) afirmam não serem doadores de órgãos e 33,33% (N=11) nunca pensaram sobre o assunto. Dentre o grupo amostral, 96,96 (N=32) nunca participaram de algum curso quanto à temática, identificamos ainda, que 39,39% (N=13) não tem certeza quanto á existência de captação de córnea na unidade pesquisada e apenas 9,09% (N=3) sabem sobre o processo de notificação existente. A principal dificuldade apontada pelos participantes é a falta de treinamento, constatando-se então, que os enfermeiros pesquisados abstêm de um conhecimento frágil relacionado ao tema. Deste modo, é notória a necessidade da atuação das equipes especializadas, juntamente ao Núcleo de Educação Permanente (NEP), em pulverizar a informação, através da capacitação desses profissionais, trazendo também a sensibilização dos mesmos quanto á temática, tendo como foco, aumentar o quantitativo de captações, doações e transplantes, tornando menor o tempo de espera do receptor por um transplante, e proporcionar mais qualidade de vida aos futuros transplantados. Espera-se que essa pesquisa desperte, nos profissionais da área da saúde, à relevância da busca por novos conhecimentos, e que sirva, também, de subsídios para realização de novas pesquisas.