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Anais - 21º CBCENF

Resumo

Título:
FATORES DE RISCO PARA O DESMAME PRECOCE ENTRE MÃES DE RECÉM-NASCIDOS EM TERAPIA INTENSIVA
Relatoria:
SUSY CAVALCANTE HARJANI
Autores:
  • Andressa Menescal Coelho Azevedo
  • Maria Carolina Fontes Machado
  • Raquel Faria da Silva Lima
Modalidade:
Pôster
Área:
Valorização, Cuidado e Tecnologias
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: As mães de recém-nascidos (RN) internados em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) podem apresentar inúmeros fatores de risco para o desmame precoce, além da separação do concepto e os estressores gerados pelo ambiente da UTIN. Condições essas que podem desfavorecer o aleitamento materno pós-alta. Objetivos: O presente estudo teve como objetivo geral identificar a presença de fatores de risco para desmame precoce entre mães de RN internados em UTIN e como objetivos específicos descrever o perfil socioeconômico, histórico de aleitamento materno (AM) e obstétrico das mães de RN internados em UTIN; além de descrever o perfil clínico do RN. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal, com 39 mães de recém-nascidos pré-termo e/ou baixo peso internados em uma UTIN, em uma maternidade pública da cidade de Manaus, e cadastradas como doadoras no banco de leite humano da própria unidade, realizado entre novembro de 2017 a abril de 2018. A análise dos dados deu-se por meio da estatística descritiva analítica. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Fundação Universidade do Amazonas - (UFAM), inscrito no CAAE 73573317.1.0000.5020 e parecer 2.335.101. Resultados: O estudo realizado revela que a maioria dos binômios apresentam diversos fatores de risco associados as diferentes variáveis que favorecem o desmame precoce, como por exemplo: renda menor que 1 salário mínimo (51,28%), ansiedade materna (82,05%), alta incidência de partos cesariana (64,1%), baixa cobertura no pré-natal (64,1%), aleitamento materno via sonda naso/orogástrica (100%) e baixa incidência de aleitamento materno na primeira hora de vida (89,74%). Os dados ainda indicam a deficiência das equipes de saúde na orientação e estimulo ao aleitamento materno, visto que 79,48% da amostra relatou não ter recebido nenhuma orientação sobre AM no pré-natal. Conclusão: Percebe-se pela análise dos dados que a atuação do profissional de saúde relacionado ao manejo dos fatores de risco para o desmame precoce ainda é incipiente. Sendo assim, deve-se investir em intervenções educativas pró-aleitamento, voltadas para os profissionais de saúde e para as mães de RN internados em UTIN, juntamente com o acompanhamento dos resultados. Nessa perspectiva, o foco principal é uma assistência efetiva à saúde da mulher e da criança, de forma a evitar o desmame precoce pós-alta hospitalar.