Os transtornos mentais são responsáveis por cerca de 13% das doenças no mundo, sendo que 90% dos casos são classificados como transtornos mentais comuns, como a depressão, a ansiedade e a somatização. Os universitários são mais suscetíveis ao desenvolvimento de doenças mentais devido à constante presença de fatores estressores durante a graduação, acarretando a desistência da futura profissão ou até mesmo desenvolver doenças psíquicas, podendo ser agravadas após inserção no mercado de trabalho. O estudo teve como objetivo avaliar a prevalência dos transtornos mentais existentes nos graduandos de enfermagem. Trata-se de um estudo descritivo, transversal, com abordagem quantitativa realizado com 202 estudantes de enfermagem de uma universidade pública de Minas Gerais. Para coleta de dados foi utilizado instrumentos contendo informações sociodemográficas e uma Escala de estresse, depressão e ansiedade (DASS-21). O nível de significância (valor de p) estabelecido foi em 0,05 para todas as variáveis. O estudo mostrou que a maioria dos estudantes são do sexo feminino (87,1%), solteiros (91,6%), cristãos (47% católicas e 28,2% evangélicas). Em relação às doenças mentais, os entrevistados apresentaram casos graves para depressão (12,4%), estresse (17,3%) e ansiedade (17,9%). Mediante o exposto acima, evidencia-se uma preocupação com a saúde dos universitários que, já são inseridos no mercado de trabalho com severos transtornos mentais, possibilitando o agravo do mesmo no exercício da profissão frente às pressões e exigências enfrentadas no cotidiano da assistência da enfermagem. Nesse contexto, ressalta-se a importância da oferta de amparo psicológico durante todo o processo da graduação, como forma de promoção de saúde mental e prevenção de agravos de transtornos psíquicos nesta população.