Introdução. O período perioperatório é um momento bastante crítico e requer cuidados especiais de toda equipe cirúrgica. Neste contexto, estratégias nacionais e internacionais foram propostas com o intuito de melhorar a segurança cirúrgica, a fim de reduzir o número de óbitos e diminuir as morbimortalidades, além de visar o desenvolvimento institucional da cultura de segurança do paciente. Objetivo. Analisar os achados científicos atuais acerca da implantação do protocolo de cirurgias seguras na promoção da segurança do paciente cirúrgico. Metodologia. Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, realizada nas bases de dados LILACS, SciELO, BDENF e MEDLINE. Foram incluídos no estudo todos os artigos disponíveis na íntegra com um recorte temporal de janeiro de 2008 a novembro de 2017, nos idiomas português, inglês e espanhol e que respondessem à pergunta norteadora do estudo. Resultados. Foram encontrados 4.126 artigos utilizando-se os descritores selecionados para a busca, e desses após a leitura dos títulos e resumos, foram selecionados 223 (5,4%) estudos. Considerando os critérios de inclusão e exclusão, obteve-se um total de 17 (7,6%) estudos elegíveis, que compuseram a amostra deste estudo. Quanto às bases de dados em que os artigos estavam disponíveis, as bases Scielo, Medline e Lilacs apresentaram quinze artigos (88,2%) respectivamente e dois (11,7%) foram encontrados na base de dados BDENF. O ano de 2015 apresentou a maioria das publicações (7; 41,1%). Constatou-se que a produtividade científica sobre o tema tem apresentado uma expansão progressiva nos últimos anos, principalmente a partir do ano de 2013, com a instituição do Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP). Os estudos avaliados destacaram alguns benefícios relacionados a implantação do protocolo de Cirurgia Segura, como a garantia de maior segurança do paciente e dos procedimentos. Conclusão. A segurança do paciente tem adquirido, de modo geral, amplo destaque, e estudos sobre esse tema são cada vez mais evidentes no meio científico indicando a cultura de segurança como benefício para o desenvolvimento de práticas seguras. É imprescindível que a equipe cirúrgica compreenda a importância da utilização do protocolo, pois possibilita diminuir a ocorrência de eventos adversos e garante que o protocolo de segurança do paciente seja usado de maneira correta.