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Anais - 21º CBCENF

Resumo

Título:
COMPORTAMENTOS DE SAÚDE E USO DE DROGAS ENTRE PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM DA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA
Relatoria:
PRISCILLA LARISSA SILVA PIRES
Autores:
  • GABRIEL TERENCIO SOARES
  • MARCELLE APARECIDA DE BARROS JUNQUEIRA
Modalidade:
Pôster
Área:
Valorização, Cuidado e Tecnologias
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Atualmente o uso de álcool e outras drogas configuram-se como um problema de saúde pública refletindo em grande morbimortalidade. Quanto às relações de trabalho, o uso de substâncias psicoativas está relacionado com faltas, acidentes, aposentadorias precoces e outras manifestações como estresse, ansiedade e cansaço que indicam adoecimento. A enfermagem, nesse contexto, merece atenção especial uma vez que está sujeita à sobrecarga de trabalho, condições inadequadas, falta de reconhecimento social e facilidade de acesso a essas substâncias. Este estudo objetivou analisar os comportamentos de saúde dos profissionais de enfermagem da Estratégia Saúde da Família associado ao uso problemático de álcool e outras drogas e possíveis correlações. Trata-se de uma pesquisa de caráter descritivo, transversal, com abordagem quantitativa realizada nas Unidades Básicas de Saúde da Família de um município de médio a grande porte do estado de Minas Gerais. Foram aplicados os instrumentos: informações sóciodemográficas, Alcohol, Smoking and Substance Involvement Screening Test (ASSIST) e Questionário de Comportamentos de Saúde (QCS) em uma amostra composta por 74 enfermeiros e 96 técnicos/auxiliares de enfermagem. O nível de significância (valor de p) estabelecido foi de 0,05 para todas as variáveis. Utilizou-se o coeficiente de correlação por postos de Spearman - para avaliar a correlação entre as variáveis de duas amostras dependentes. O estudo mostrou que a maioria dos profissionais são do sexo feminino (93,8%), estado civil casados (66,1%), faixa etária de 30 a 39 anos (42%), técnicos de enfermagem (48,2%). Quanto ao uso de substância psicoativa evidenciou-se 2,7% de uso de risco ou dependência para tabaco e álcool e 0,9% para sedativos. Sobre os comportamentos de saúde os piores resultados foram referentes aos domínios exercícios físicos (M=10,52), nutrição (M=14) e drogas (M=12,57). Houve correlação positiva entre o uso de álcool e tabaco (p=0,002) e correlação negativa entre tabaco e exercício físico (p=0,010). A literatura evidenciou poucos estudos sobre a temática com profissionais da Estratégia Saúde da Família que traz a possibilidade de maiores investigações sobre essa população. Maiores investimentos, políticas de saúde e ações voltadas a esses trabalhadores no sentido de incentivar a adoção de comportamentos protetivos à sua saúde são de extrema relevância, uma vez que eles são responsáveis pelo cuidado ao outro então devem ser autênticos com seu autocuidado.