Deficiência auditiva é tida como alterações anatômicas e estruturais que levam a perda auditiva. O indivíduo surdo pode ser classificado em pré e pós-lingual que ainda pode ser categorizado em surdez leve, moderada, severa e profunda. Os prejuízos da perda auditiva afetam o indivíduo desde o desenvolvimento da linguagem até o meio social, onde por vezes sofre por exclusão. A Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS, é utilizada e reconhecida através da Lei n° 10.436/02 como própria da comunidade surda do Brasil. Sendo assim, buscou-se identificar o conhecimento e o preparo do profissional da saúde de uma Unidade de Pronto Atendimento – UPA do interior do estado de São Paulo quanto à cultura, língua e direitos do deficiente auditivo. A amostra englobou 70 profissionais da unidade de saúde, onde se constatou que a falha na comunicação pode submeter o indivíduo surdo à quebra dos princípios do Sistema Único de Saúde, principalmente a equidade (55%) e a todos os danos relacionados à Imperícia, Imprudência e negligência (35%) devido ao despreparo da equipe de saúde para com tal público. Constata-se também que o meio de comunicação mais utilizados pela amostragem se relaciona a utilização do acompanhante (64%), porém a utilização de um terceiro no momento do atendimento, pode acarretar na quebra do vínculo entre profissional-cliente. Conclui-se que tais danos no decorrer do atendimento em saúde a comunidade em específico, decorrem principalmente pela escassez de incentivos políticos e financeiros que possam dar ênfase na importância da educação de futuros profissionais e capacitação das equipes de atenção à saúde para que se possa promover, prevenir e reabilitar os indivíduos surdos em seu amplo aspecto.