Um dos métodos eficazes e importantes para a prevenção de doenças parasitárias (ascaridíase, teníase, giardíase, por exemplo) é a prática da educação em saúde, que pode alcançar uma escala maior de conteúdo e público por intermédio da divulgação científica. É através da extensão universitária que alunos durante sua formação têm a oportunidade de promover saúde e aprender a se comunicar de forma eficaz respeitando a diversidade do público em ações de oficinas práticas da extensão. A finalidade deste relato é evidenciar a importância do projeto de extensão em divulgação científica na construção de conhecimentos e experiências de um futuro profissional de enfermagem, na condição de moderador e organizador de oficinas educativas em espaços formais e não convencionais de educação do projeto extensionista Construindo o Saber, do instituto IBCCF/UFRJ. As experiências vivenciadas por acadêmicas do curso de bacharelado em enfermagem e obstetrícia (EEAN/UFRJ) foram em oficinas interativas com os títulos: "microscopia", onde são visualizadas lâminas de parasitas fixados; "macroscopia", no qual conhecem peças lúdicas como o cérebro e o intestino delgado infectado por vermes fictícios; “pintando o cérebro”, onde eles pintam mini cérebros de gesso seguido de informações acerca da problemática da neurocisticercose; e “magia e ação”, na qual são aprendidos os riscos da má higienização nas mãos. As oficinas são organizadas em escolas públicas de ensino básico e espaços públicos do estado do Rio de Janeiro, como Museu Nacional, Espaço Ciência Viva e na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Foi notório como a troca de conhecimentos nas oficinas por intermédio das acadêmicas de enfermagem foi eficiente devido aos sinais de interesse do público visitante: a curiosidade dos participantes, tanto adultos quanto jovens e crianças, em tocar nas peças lúdicas, dissertar sobre o assunto expressado, retornar à atividade para questionar e com elogios quanto ao material produzido pelas estudantes. A extensão leva o conhecimento construído nas bancadas de pesquisa científica e em salas de aulas da universidade à comunidade numa linguagem clara e acessível a todos, na intenção de provocar mudança de atitude. Logo, o estudante de enfermagem que experimenta tal vivência aprende uma das atuações importantes de sua bagagem profissional, bem como uma reflexão de seu papel como educador visando à melhoria na qualidade de vida da população, por sua proximidade com esta prática de saúde.