Introdução: Com o aumento expressivo no número da população carcerária feminina, surge a necessidade da inclusão desse grupo nos serviços de saúde, com ações voltadas ao planejamento familiar, pré-natal e o nascimento, bem como o puerpério. Objetivo: analisar as publicações nacionais que abordam o cuidado em saúde às mulheres grávidas privadas de liberdade. Metodologia: revisão integrativa da literatura seguindo seis etapas: Identificação do tema e seleção da questão da pesquisa; Estabelecimento de critérios para inclusão e exclusão de estudos (seleção de amostra); Definição das informações a serem extraídas dos artigos selecionados; Avaliação dos estudos incluídos na revisão integrativa; Interpretação dos resultados e Apresentação da revisão. As buscas foram realizadas em uma base de dados – LILACS, e no portal de periódicos online - SCIELO, usando descritores e palavras chave, separadas por operadores boleanos. Foram incluídos estudos publicados nos últimos dez anos, disponíveis em português e na íntegra. A abordagem descritiva foi escolhida para análise e exposição dos resultados. Resultados: A busca resultou em 309 estudos e após análise dos critérios de inclusão e exclusão com leitura analítica, foram selecionados 11 estudos primários, cujos resultados apontaram à necessidade de adequações e melhorias na assistência a saúde dessas mulheres que, mesmo tendo direitos vigentes, sofrem negligência e descaso nos serviços oferecidos como, por exemplo, a não realização de pré-natal e o uso de algemas durante o parto. Os estudos primários foram agrupados em três categorias de análise, devido à similaridade temática, a saber: 1. Direitos acerca da maternidade em situação prisional (n=02); 2. A experiência da maternidade em mulheres privadas de liberdade (n=03); 3. Assistência a saúde as gestantes encarceradas (n=6). Conclusão: Reflete-se sobre a qualidade do atendimento oferecido as mulheres privadas de liberdade durante a gestação e puerpério, evidenciando a necessidade de uma atenção diferenciada principalmente dos profissionais de enfermagem que devem analisar os fatores socioculturais e o ambiente inadequado ao qual estão inseridas, pois a gravidez é um momento delicado, exigindo maior prestação de cuidado.