A partir da década de 80 as causas externas de morbidade e mortalidade passaram a figurar como um relevante problema de saúde pública. Esse estudo objetivou identificar na literatura dos últimos dez anos artigos com a temática morbimortalidade por causas externas no Brasil, descrever os principais acometimentos e traçar um perfil de mortalidade com relação a faixa etária e sexo utilizando dados do Sistema de Informação de Mortalidade (SIM). Trata-se de um estudo bibliográfico. A busca foi realizada a partir das bases de dados Lilacs, Scielo e Periódicos Capes, sendo encontrados 34 artigos. Os trabalhos encontrados abordam temas como dados epidemiológicos, fatores associados, impacto social e para a saúde, prevenção e a importância das políticas públicas. Observa-se que a cada ano aumenta os números de internações e mortes por causas externas. Os acidentes e a violência estão em 3º lugar no ranking de óbitos no Brasil, ficando atrás somente das doenças do aparelho circulatório e das neoplasias. Em 2017 Foram mais de um milhão de internações por causas externas e os custos ultrapassaram os 1,4 bilhões de reais. De 2008 a 2016 ocorreram mais de 1,3 milhões de óbitos por causas externas, sendo o Estado de São Paulo, na região Sudeste, o qual teve os maiores índices. A principal causa dos óbitos foram as agressões, seguida dos acidentes de transporte. A maior parte das vítimas são do sexo masculino, com idade entre 20 e 39 anos. Há várias políticas de prevenção porem precisam ser revistas pois as morbimortalidades por causas externas só aumentam. Faz-se necessário uma ação conjunta dos governantes, profissionais e a sociedade para o enfrentamento dessa realidade.