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Anais - 21º CBCENF

Resumo

Título:
IDENTIFICANDO O ESTRESSE OCUPACIONAL DE PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM QUE ATUAM NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA
Relatoria:
LETICIA CLAUDIO
Autores:
  • Adriene de Freitas Moreno Rodrigues
  • Fernanda Pampolini Lindner
  • Luciano Antonio Rodrigues
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Ética, Legislação e Trabalho
Tipo:
Monografia
Resumo:
O estresse ocupacional é um tipo de estresse persistente que pode levar a despersonalização resultante de pressão emocional constante, intensa e repetitiva por um longo tempo, interferindo/afetando o ambiente profissional e pessoal, levando a um processo característico de alienação, apatia, desumanização, nervosismo, depressão dentre outros sinais e sintomas de cunho físico, emocional e social que influenciam diretamente na vida pessoal, profissional e organizacional. O objetivo da pesquisa foi identificar o estresse ocupacional dos profissionais de enfermagem que atuam nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) de um hospital de ensino. Tratou-se de um estudo exploratório, descritivo, quantiqualitativa a realizado com todos os profissionais de enfermagem (12 enfermeiros e 38 técnicos de enfermagem) das UTIs do Hospital e Maternidade São José (HMSJ), Colatina – ES, nos meses de maio a setembro de 2016. Para coleta foi aplicado um questionário semiestruturado de levantamento de dados pessoais dos respondentes estes com informações sócio demográficas, perfil profissional, estilo de vida e a aplicação da Escala de Avaliação de Burnout Human Services Survey (MBI-HSS). Como resultado foi observado que a prevalência de profissionais do sexo feminino (76%), tendo a média de idade de 30 anos para enfermeiro (dp=+ 4,20) e a média para os técnicos de enfermagem 31,08 (dp=+ 8,47), a maioria da amostra são solteiros (56%) e não tem filhos (68%). 90% dos profissionais de enfermagem destas UTIs possuem menos de 5 anos de trabalho nesta área, sendo os enfermeiros 58,33% possui entre 6 a 9 anos de formado e 63,15% técnicos de enfermagem tem entre 2 a 5 anos de formação. A maioria relata fazer atividades físicas, não são alcoolistas, não são tabagistas, possuem desgaste no sono/repouso e não tem uma alimentação saudável. A amostra teve baixos níveis de exaustão emocional (72%) para a síndrome de burnout, baixo nível de despersonalização (89%) e baixo envolvimento pessoal no trabalho (66%). Conclui-se que mesmo as UTIs sendo um ambiente nosológico para o estresse ocupacional existem estratégias pessoais, como o companheirismo, a melhoria nas relações interpessoais com a equipe multidisciplinar, a ajuda mútua no ambiente de trabalho e o profissionalismo por não deixar suas emoções serem levadas pelo estresse cotidiano, permitem a criação de um ambiente de trabalho sem elevados nível de estresse.