O pé diabético é uma das complicações mais graves do Diabetes Mellitus, podendo ser evitado se o paciente de risco for identificado precocemente e se ele tiver abordagem e tratamento adequados. Assim, o enfermeiro tem papel fundamental no diagnóstico precoce e na melhora da qualidade de vida dos pacientes diabéticos. Visando então sistematizar o atendimento ao paciente portador de pé diabético, esta pesquisa teve como objetivo propor a implementação de um protocolo para o portador de pé diabético das unidades básicas de saúde no município de Colatina-ES. Trata-se de um estudo de caráter exploratório com abordagem qualiquantitativa, foi realizado com 10 enfermeiros, em oito Unidades Básicas de Saúde (UBS) no município de Colatina-ES, por meio de um instrumento de levantamento de dados relacionadas à assistência do enfermeiro, foi aplicado um instrumento de levantamento de dados composto de duas partes, onde a primeira parte abordou a caracterização sociodemográfica dos enfermeiros, e a segunda parte, foi composta por 10 perguntas estruturadas relacionadas variáveis relacionadas à ação do enfermeiro na prevenção e tratamento do pé diabético no período de Agosto à Setembro de 2017. Para maior confiabilidade dos envolvidos na pesquisa, foi apresentado o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) e consecutiva aprovação do Comitê de Ética e Pesquisa (CEP). Os dados coletados foram analisados e estão representados por gráficos, tabelas e falas dos atores sociais. Os resultados apontaram que as Unidades Básicas de Saúde do município de Colatina-ES não possuem Protocolo Operacional Padrão específico para os pacientes portadores de pé diabético. Além disso, não possuem nenhum grupo de apoio ou ações de educação permanente para os mesmos. Mesmo sem o POP, os enfermeiros relatam fazer avaliações desses pacientes, mas a maioria apenas se atenta a avaliação da ferida (mensuração, grau, dor, aspecto), esquecendo-se de outros pontos importantes como o diagnóstico do pé de risco e cuidados que o paciente O estudo resultou na elaboração de um protocolo operacional padrão que contribuirá para o cuidado sistematizado de enfermagem nas unidades de saúde ao portador do pé diabético, gerando credibilidade e confiabilidade a população atendida, tendo como premissa a qualidade de vida ao portador do pé diabético nas unidades básicas de saúde, sendo, portanto, essencial qualificar o profissional enfermeiro, reduzindo riscos e aumentando a qualidade da assistência.