O aleitamento materno (LM) é, indiscutivelmente, a melhor fonte de nutrientes e proteção, funcionando como uma vacina, pois é rico em anticorpos (IgA, IgM e IgG) importantes para a formação e modulação do sistema imunológico do recém-nascido. O leite materno possui três fases: o colostro (secreção até 7 dias após o parto), o leite de transição (de 7 a 14 dias após o parto) e o leite maduro (a partir de 14 dias após o parto) que podem sofrer modulações influenciadas por fatores como a dieta da puérpera ou uso de plantas medicinais. Objetivou-se analisar os níveis da concentração de imunoglobulinas (IgA, IgM e IgG) e proteínas do sistema complemento (C3 e C4), presentes no colostro e no leite maduro, de mães que fizeram o uso de plantas medicinais no puerpério. Foram analisadas 20 amostras, obtidas por meio de ordenhas manuais, em dois estágios de maturação do leite (colostro e leite maduro), sendo 10 amostras de mães que utilizaram plantas no puerpério e outras 10, de mães que não fizeram uso de plantas no puerpério. Observou-se a diminuição da concentração de IgA e IgM no colostro de puérperas que utilizaram plantas medicinais e o aumento da concentração de IgM no leite maduro deste mesmo grupo. A IgG apresentou níveis mais elevados no leite maduro em ambos os grupos estudados. Entre as proteínas do sistema complemento os níveis de C3 foram mais elevados no colostro de ambos os grupos em análise. Enquanto que as concentrações de C4 foram mais elevadas no colostro do grupo controle e no leite maduro no grupo tratamento sendo as menores concentrações dos seus níveis apresentadas no colostro do grupo de mulheres que fizeram uso de plantas medicinais. Estes dados indicam influências moduladoras de plantas medicinais de forma inibitória para IgA, IgM e C4, e diferenças significativas nas concentrações de IgG e C3 ao comparar as fases de maturação do leite no mesmo grupo.