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Anais - 21º CBCENF

Resumo

Título:
RASTREIO DE ANSIEDADE EM PACIENTES DIABÉTICOS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
Relatoria:
LORENA UCHOA PORTELA VELOSO
Autores:
  • Lorena Livia Noleto
  • Claudete Ferreira de Souza Monteiro
  • Livia Stela de Souza Monteiro
  • Jaqueline Carvalho e Silva Sales
  • Fernando José Guedes da Silva Junior
  • Aline Raquel de Sousa Ibiapina
Modalidade:
Pôster
Área:
Valorização, Cuidado e Tecnologias
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
INTRODUÇÃO: Diabetes mellitus é uma doença incapacitante associada a diversas complicações. Ações com o intuito de manter níveis glicêmicos estabilizados são prioridades na agenda das equipes de atenção primária e devem incluir, além de estratégias voltadas para mudanças nos hábitos de vida, a avaliação da ansiedade como parte contínua do manejo da doença. OBJETIVO: Avaliar os níveis de ansiedade em diabéticos e sua relação com o controle glicêmico. MÉTODO: Estudo piloto de delineamento transversal realizado em uma unidade básica de saúde do município de Teresina-PI, em uma amostra de 30 pacientes diabéticos adultos. A coleta de dados foi realizada em junho/julho de 2017, por meio da aplicação de questionário contendo variáveis sociodemográficas e relacionadas à diabetes, além de instrumento validado para a avaliação dos níveis de ansiedade, DASS 21 (Depression, Anxiety and Stress Scale). Os dados foram analisados no software Statistical Package for the Social Science (SPSS), versão 20.0. RESULTADOS: 13,3% da amostra apresenta ansiedade leve, 16,7% ansiedade moderada, 10,0% ansiedade severa e 10% ansiedade extremamente severa, perfazendo uma prevalência de sintomas ansiosos de 50%, percentual superior ao apontado em outros estudos com essa população. O escore da subescala ansiedade apresenta-se correlacionado significativamente de forma positiva com a subescala de estresse (r=0,848, p =0,000) e subescala de depressão (r= 0,424, p= 0,020). As médias dos escores da subescala ansiedade são maiores nos diabéticos com idade inferior a 60 anos, sexo feminino, sem companheiro, escolaridade acima de 8 anos, renda de até 1 salário mínimo, que não possuem meios de locomoção, religião evangélica e que praticam a religião. Quanto às variáveis relacionadas à diabetes, as médias dos escores da subescala ansiedade são maiores entre os não insulino-dependentes e que não praticam atividade física. Entre os indivíduos classificados nos níveis moderado, severo e extremamente severo de ansiedade, a maioria apresenta glicemia acima de 130mg/dl e hemoglobina glicada acima de 7% (100,0). CONCLUSÕES: Torna-se necessário o desenvolvimento de ações na atenção primária à saúde, sob uma perspectiva de clínica ampliada, que integre a atenção psicossocial aos cuidados com doenças crônicas, entre elas a diabetes.