INTRODUÇÃO: A tuberculose (TB) é um grande problema de saúde pública de magnitude mundial. Para o seu controle, o diagnóstico é uma das ações primordiais, sendo imprescindível que os serviços de saúde ofertem as condições mínimas para um diagnóstico precoce. OBJETIVOS: Este estudo objetivou caracterizar as unidades básicas de saúde do município considerando aspectos da estrutura física, recursos humanos e capacidade de detecção dos casos de TB. METODOLOGIA: Consiste em um estudo transversal com abordagem quantitativa, realizado nas Unidades de Saúde do Distrito de Saúde Sul em Manaus, capital do Amazonas. A coleta de dados foi realizada no período de março a agosto de 2018, utilizando um instrumento específico. RESULTADOS: Foram visitadas 42 unidades de saúde do Distrito Sul. Quanto a modalidade do serviço de saúde, 13 (30,95%) são UBS tradicional; 1 (2,38%) é PAC e 28 (66,67%) são Estratégia de Saúde da Família. Das 42 unidades, a maioria (28; 66,67%) afirmou realizar o Tratamento Diretamente Observado e funcionava nos dois turnos (41; 97,62%). Apenas uma (2,38%) unidade visitada possuía o horário ampliado e funcionava nos três turnos. Em relação aos recursos humanos, cada unidade possuía em média 18 profissionais, sendo em média, 4 Agentes Comunitários de Saúde (mínimo:0 e máximo:8); 1 enfermeiro (mínimo:0 e máximo:4) e 2 médicos (mínimo:0 e máximo:12) por unidade. O tempo de serviço dos ACS variou de 1 ano a 18 anos, com média de 15,8 DP 3,68; do enfermeiro variou de 4 meses a 25 anos, com média de 9,33 DP 6,37 e do médico variou de 1mês a 18 anos, com média de 7,06 DP 4,5. No que se refere à capacidade para detecção de casos, nenhuma unidade possuía sala para Raio-x; a maioria possuía livro de sintomáticos respiratórios (40; 95,24%); potes para coleta (35; 83,33%) e formulário de solicitação da baciloscopia (40; 95,24). A maioria das unidades não possuía local específico para realização da coleta do material biológico (36; 85,71%) e nem geladeira para o acondicionamento (31; 73,81%). Foram atendidos nas unidades visitadas do Distrito Sul em que foi possível o acesso ao Livro de sintomáticos, cerca de 530 sintomáticos respiratórios no ano de 2017 e 246 no ano de 2018. CONCLUSÃO: Conclui-se que o processo de detecção de casos precisa avançar na atenção primária, principalmente no que se refere à capacidade diagnóstica.