Anais - 21º CBCENF
Resumo
Título:
OS ESTUDANTES SOBEM AO MORRO: REFLEXÕES PARA UMA FORMAÇÃO TRANSFORMADORA
Relatoria:
THALLISON CARLOS CAMPOS SANTOS
Autores:
- Elton Junio Sady Prates
- Maria Luiza Sady Prates
- Darlene Larissa De Souza Vilela
- Maria Odete Pereira
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Políticas Públicas, Educação e Gestão
Tipo:
Relato de experiência
Resumo:
O processo de formação em saúde vem sofrendo inúmeras alterações ao longo dos últimos anos, com objetivo de contextualizá-la aos desafios e a realidade da contemporaneidade. Nesse sentido, conhecer os diferentes territórios de vida, compreender os condicionantes e os determinantes sociais do processo saúde-doença, constitui-se como potente ferramenta de formação-transformação. Objetivou-se relatar as potencialidades de uma visita a uma comunidade em processo de revitalização do programa Vila Viva na formação em saúde. Trata-se de um estudo descritivo, caracterizado como relato de experiência. O local da visita foi o Aglomerado Santa Lúcia, que se situa em um bairro periférico da região centro-sul de Belo Horizonte. Destaca-se que a escolha dessa região deu-se por essa estar em processo de intervenção do Programa Vila Viva. Esse projeto tem por objetivo realizar ações estruturantes baseadas em três eixos: urbanístico, social e jurídico. Participaram da vivência cerca de 50 estudantes de Enfermagem da Universidade Federal de Minas Gerais, sob supervisão de uma pós-doutoranda, da monitora da disciplina e da equipe de coordenação local do projeto. A visita ocorreu no mês de junho de 2018 e compõe parte das atividades teórico-prática da disciplina de Saúde Coletiva. Constituiu-se de uma experiência inovadora dentro do processo de formação em saúde, que permitiu o despertar dos estudantes sobre os desafios do trabalho em saúde frente aos determinantes sociais, bem como vivenciar outra realidade e, a partir dela, constituir novos modos de subjetivação. Dentre as contribuições proporcionadas, destacam que essa vivência permitiu discutir os princípios da Saúde Coletiva dentro do território, desenvolver uma visão crítica-reflexiva, perceber os impactos da política nas condições de vida e no processo saúde-doença, discutir os desafios e a importância do Sistema Único de Saúde frente às desigualdades existentes no País, a importância de ações intersetoriais, bem como evidenciar o trabalho em saúde como o ato vivo da micro-política. Considera-se, portanto, que essa experiência potencializou uma formação-vivência transformadora, inovadora e contextualizada. Denota-se que essa vivência, propôs um convite à reflexão a respeito das iniquidades e suas implicações no modo de vida e no processo saúde-doença-cuidado.