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Anais - 21º CBCENF

Resumo

Título:
EXPERIÊNCIA DOLOROSA NO CONTEXTO DA DIMENSÃO CULTURAL
Relatoria:
TAYLA QUÉREN DOS SANTOS BASSO
Autores:
  • Pâmela Roberta de Oliveira
  • Elias Marcelino da Rocha
  • Patrícia Fernandes Massmann
  • Lunara Ribeiro de Godoy
  • Liliane Santos da Silva
  • Ana Cristina Oliveira
  • Lilian Varanda Pereira
Modalidade:
Pôster
Área:
Políticas Públicas, Educação e Gestão
Tipo:
Relato de experiência
Resumo:
A dor é uma experiência subjetiva, complexa e essencial à sobrevivência da espécie humana. Definida pela Associação Internacional para o Estudo da Dor (IASP) como “uma experiência sensitiva e emocional desagradável associada a lesão real ou potencial ou descrita em termos de tal lesão”, o adequado manejo dessa experiência deve ser prioridade no sistema de saúde de uma nação. O objetivo deste trabalho é fazer uma reflexão sobre as influências culturais na linguagem da dor. Trata-se de um resumo reflexivo. A percepção e a descrição da dor são culturalmente determinadas, a cultura afeta a percepção, a experiência e a expressão da dor o que, por sua vez, se reflete em diferentes padrões de representação física. Por meio da linguagem, pode-se expressar verbalmente a intensidade e qualidade da sensação dolorosa, que envolve a dimensão sensitiva-discriminativa, a afetiva-motivacional e a cognitiva-avaliativa. A cultura é um conceito instrumental para qualquer profissional da saúde tanto na prática assistencial como de ensino e pesquisa, assim, no sistema cultural de saúde valoriza-se os conhecimentos, percepções e cognições utilizadas pelos indivíduos para definir, classificar, perceber e explicar a dor. Este tipo de atitude aproxima a enfermagem da excelência do cuidado, especialmente porque a dor é complexa e não deve ser analisada isoladamente da dimensão cultural, que lhe confere sentido. A necessidade de avaliação da dor numa abordagem biopsicossocioespiritual, em contextos de diversidade cultural, é urgente. Ademais, vale ressaltar que experiências prévias e as diferenças culturais entre os membros da equipe de saúde também interferem na apreciação da intensidade e qualidade da dor e induzem à avaliação inadequada das síndromes álgicas, lacuna de conhecimento que carece de elaboração de evidências científicas em nosso meio. Conclui-se que estudos sobre a linguagem da dor, dentro da cultura de cada povo, principalmente em nosso país, marcado pela diversidade étnica e cultural, com imigrantes de vários países e muitos povos indígenas, são desejados.