Anais - 21º CBCENF
Resumo
Título:
FATORES DE RISCO PARA TROMBOEMBOLISMO VENOSO E IMPLEMENTAÇÃO DAS MEDIDAS PROFILÁTICAS ENTRE PACIENTES CLÍNICOS
Relatoria:
TALITA ZAMBONI CARINI COUTO
Autores:
- Talita Zamboni
- Tania M Domingues
- Sheila C Morais
- Juliana L Lopes
- Camila Takao Lopes
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Valorização, Cuidado e Tecnologias
Tipo:
Monografia
Resumo:
Introdução: Dentre os pacientes hospitalizados, o tromboembolismo venoso (TEV) acarreta maior tempo de internação, maior morbidade e crescente mortalidade, sendo um grande peso financeiro ao sistema de saúde. No entanto, a tromboprofilaxia pode chegar a apenas 0,4%. Nesse contexto, avaliar o risco de TEV e assegurar a profilaxia é uma responsabilidade multiprofissional. Uma vez que a equipe de enfermagem é a mais numerosa e a que passa mais tempo à beira-leito, desempenha papel fundamental em assegurar a avaliação de risco de TEV dos pacientes e prescrição de tromboprofiaxial em tempo adequado Objetivo: Identificar a prevalência de tromboembolismo venoso (TEV) e fatores de risco (FR) entre pacientes clínicos hospitalizados e verificar a taxa de adesão às medidas profiláticas de TEV pelos profissionais de saúde. Metodologia: Estudo descritivo, transversal e retrospectivo realizado com prontuários de 369 pacientes clínicos hospitalizados por no mínimo 48 horas em São Paulo-SP. Coletaram-se dados sociodemográficos e clínicos, fatores de risco para TEV, presença de contraindicação para profilaxia química, implementação da profilaxia química e mecânica e ocorrência da doença. Para cálculo da taxa de adesão às medidas profiláticas, foram consideradas as Diretrizes da Sociedade Brasileira de Clínica Médica para profilaxia química e mecânica e o risco de TEV conforme o Escore de Predição de Padua (alto risco≥4 e baixo risco<4). Resultados: A prevalência de TEV foi de 7,3% (n=27). Todos os pacientes tinham pelo menos um FR para TEV, sendo os mais prevalentes: mobilidade reduzida (74,2%), câncer ativo (70,7%), infecção (27,1%), cirurgia recente (21,6%) e idade ≥70 anos (20%). Trezentos e quatro (82,3%) pacientes apresentavam alto risco para TEV e 65 (17,6%) tinham baixo risco. A profilaxia química foi implementada em 70,3% dos pacientes de alto risco sem contraindicação e a adesão à profilaxia mecânica foi registrada em apenas um dos casos com indicação de baixo risco. Conclusão: A prevalência de FR para TEV foi de 100%, porém houve baixa adesão à profilaxia, principalmente entre pacientes de baixo risco. A baixa taxa de adesão às medidas profiláticas de TEV pelos profissionais de saúde a despeito da alta frequência de FR evidencia a necessidade de intervenções múltiplas, incluindo educação admissional e permanente dos profissionais com relação ao risco e prevenção da doença, sistemas de alerta e auditoria de resultados.