Introdução: A malformação arteriovenosa cerebral (MAV) é uma doença congênita, caracterizada por lesões vasculares complexas decorrentes da alteração dos vasos sanguíneos, onde o fluxo sanguíneo flui diretamente para o sistema venoso, sem a formação de uma rede capilar, com a pressão mais elevada, sendo nomeada de “fistulas”, provocando o risco de ruptura e hemorragias. Nesse sentido, a Sistematização da Assistência de Enfermagem é o principal instrumento que rege as etapas de atuação do enfermeiro, tornando possível a operalização do processo de enfermagem composto por fases que dinamizam e facilitam a assistência, sendo o diagnóstico de enfermagem a etapa que precisa ser traçado com cautela e clareza, uma vez que a MAV pode afetar necessidades humanas básicas do paciente e o autocuidado, por se tratar de uma doença potencializadora do Acidente Vascular Cerebral. Objetivo: Relatar a experiência acadêmica na efetivação do diagnóstico de enfermagem a um paciente com MAV em um hospital de referência oncológica em Belém. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência. A vivência ocorreu durante as aulas práticas do componente curricular metodologia da assistência de enfermagem hospitalar com um paciente internado diagnosticado com MAV, na clinica de neurocirurgia, a espera de cirurgia para embolização. Resultados: os diagnósticos de enfermagem foram detectados de acordo com o manual de diagnóstico de enfermagem NANDA 2015-2017 (North American Nurse Diagnostics Association), dentre os achados destacam-se: nutrição desequilibrada: menor do que as necessidades corporais relacionadas à ingestão alimentar insuficiente e fatores biológicos evidenciado pela aversão a alimento; privação de sono relacionada a desconforto prolongado (soluços recorrente) evidenciado pela ansiedade; déficit do autocuidado para banho relacionado a prejuízo neuromuscular evidenciado pela capacidade prejudicada de acessar o banheiro e risco de queda relacionado ao uso de dispositivo auxiliar (andador). Conclusão: Portanto, traçar os diagnósticos de enfermagem em pacientes neurocirúrgicos é imprescindível durante as etapas da SAE, para ocorrer uma intervenção resolutiva e pragmática é necessário detectar os diagnósticos reais, de maneira especifica e que promovam a melhora e bem estar do paciente.