INTRODUÇÃO: A assistência obstétrica, no Brasil, era proveniente de mulheres da própria comunidade e a técnica utilizada era obtida através dos saberes sobre a parturição¹. A Organização Mundial de Saúde (OMS) aconselha que a formação de obstetrizes e parteiras deva ser estimulada². OBJETIVO: Relatar as boas práticas de atenção ao parto por parteiras atuantes no interior da Amazônia. METODOLOGIA: Trata-se de relato da experiência sobre boas práticas ao parto e puerpério, prestadas por parteiras tradicionais no município de Anori/Amazonas. RESULTADOS: As parteiras são técnicas de enfermagem que receberam treinamento prático das antigas parteiras hoje aposentadas ou já falecidas. A mais antiga possui mais de 20 anos de experiência. Estas recebem as parturientes e admitem na maternidade quando já estão com dilatação de colo uterino a partir de 3 cm. Após a admissão as parteiras assistem de forma integral o trabalho de parto podendo ser auxiliadas por enfermeiro ou médico quando solicitados. As mesmas lançam mão de técnicas tradicionais neste período, tais como: massagens, banho, caminhada e oferta de chás de ervas locais entre outros. Recentemente implantou-se a entrega de roupas, arrecadadas na cidade, à recém-nascidos de mães carentes. As dificuldades encontradas foram déficit de qualificação profissional, insumos e inexistência de enfermeiros obstetras na maternidade. CONCLUSÃO: O trabalho desenvolvido pelas parteiras contribui com o processo de sensibilização das gestantes na realização do pré-natal, além de auxiliar no conforto psicossocial durante o trabalho de parto. A atuação das parteiras no parto e nascimento normal contribuí para a aproximação calorosa entre estas e as gestantes de forma harmoniosa, viabilizando assim um acolhimento humanizado na maternidade.