Anais - 21º CBCENF
Resumo
Título:
COBERTURA DO RASTREAMENTO DE CÂNCER DE COLO UTERINO NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Relatoria:
MARIA JULIA ALVES
Autores:
- Maria Julia Alves
- Caroline Eliane Couto
- Adriana do Carmo Mariano
- Brenda Xavier Campos
- Rubia Aguiar de Alencar
Modalidade:
Pôster
Área:
Políticas Públicas, Educação e Gestão
Tipo:
Relato de experiência
Resumo:
INTRODUÇÃO: O câncer de colo uterino é a quarta causa de morte por câncer dentre as mulheres no Brasil, mesmo apresentando potencialidade de prevenção e cura quando diagnosticado precocemente. Atingir a cobertura de rastreamento da população considerada alvo através da realização do Teste de Papanicolaou é o elemento mais importante, no âmbito da Atenção Primária à Saúde, para redução significativa da incidência e mortalidade por esse tipo de câncer. Segundo o Ministério da Saúde (MS) o rastreamento deve ser iniciado aos 25 anos, em mulheres com vida sexual ativa, e seguir até os 64 anos, sendo realizado com intervalo trienal, a partir de dois resultados normais com intervalo anual. OBJETIVO: Relatar uma experiência sobre o levantamento de dados acerca da cobertura de Papanicolaou em uma Unidade de Saúde da Família (USF) e sua consonância com os protocolos do MS, com o intuito de adequar as práticas profissionais às recomendações oficiais. MÉTODO: Experiência realizada em uma USF do interior Paulista, pela enfermeira responsável pela unidade em conjunto com duas enfermeiras residentes. Inicialmente foi apurado o número de mulheres na idade alvo residentes no território. Após, foi feito o levantamento da cobertura do Papanicolau no território, considerando o período de maio/2017 a abril/2018. Foi estipulado o total de mulheres submetidas ao exame e sua faixa etária (<25, 25-64 ou >64). RESULTADO: Pertencem ao território 793 mulheres a partir de 10 anos, das quais 477(60,2%) estão na idade alvo. Desse total de mulheres apenas 37,5% realizaram o Teste de Papanicolaou no período levantado. Foram submetidas à coleta 270 mulheres, sendo 66,3% na idade alvo, 32,6% <25 anos e 1,1% >64 anos. CONCLUSÃO: Apesar do serviço possuir um perfil de rastreamento oportunístico, a cobertura na idade alvo foi pequena. Ressalta-se que as recomendações oficiais são relevantes na prestação do cuidado baseado em evidências, evitando o rastreamento fora do público alvo, assim como ocultam a falha na cobertura da população alvo. A partir desta experiência recomenda-se a constante revisão da rotina dos processos de trabalho e a ênfase nas ações de educação permanente acerca das políticas que sustentam a prática profissional do enfermeiro, com o objetivo de aumentar a eficiência e a efetividade das ações prestadas. Propõe-se a busca ativa das mulheres na idade alvo, por meio dos Agentes Comunitários de Saúde, como uma estratégia no aumento da cobertura do rastreio.