O bem estar dos cuidadores e profissionais da saúde é de extrema importância para que se possa oferecer excelência no atendimento ao paciente. Frente a essas situações encontradas em seu cotidiano, o profissional da enfermagem deve estar atento com toda esta carga de emoções e sentimentos, sendo assim um desafio para seu exercício profissional, para que todas estas condições não afetem a manutenção da sua integridade física e psicossocial. Mas nem sempre está manutenção psicológica ocorre, e isso afeta diretamente na saúde do profissional, podendo levá-lo a desenvolver patologias emocionais, como a depressão, e a síndrome de burnout. Este estudo buscou compreender quais os fatores predispõem a enfermagem ao desenvolvimento da depressão, e se há relação com a síndrome de burnout. Para tal, foi realizada uma revisão bibliográfica, com levantamento dos dados nas bases de dados LILACS, Medline, Scielo e Redalyc, dentro do período de 2008 a junho de 2018, onde foram encontrados 32 artigos que compuseram a amostra do presente estudo. Através da análise do conteúdo, identificou-se que os fatores mais apontados como predisponentes à depressão nos profissionais da enfermagem foram à sobrecarga de trabalho, a exaustão física, psicológica e emocional, a baixa remuneração, e as relações interpessoais. Evidenciou-se a relação existente entre a depressão e síndrome de burnout, tendo sido demonstrado que a depressão influencia em duas dimensões da síndrome de burnout. Entretanto, a síndrome contribui em todas as dimensões para o desenvolvimento da depressão no profissional de enfermagem. Por fim, a análise dos estudos que abordaram as medidas para amenizar os efeitos dos fatores desencadeantes de depressão na equipe de enfermagem foi escassa, evidenciando dessa forma a necessidade da realização de mais pesquisas sobre esta temática. Portanto, através dessa revisão, foi possível identificar os fatores que podem gerar sofrimento psicológico, físico e social nos profissionais da área de enfermagem. Pode-se constatar que há relação entre a síndrome de burnout e a depressão, tornando assim mais importante o desenvolvimento de medidas para o acompanhamento psicossocial dos profissionais.