INTRODUÇÃO: As complexas relações entre as questões socioambientais e de saúde humana demandam dos profissionais de enfermagem ações que envolvem a ética ambiental, a sustentabilidade e a promoção da saúde. Nesse contexto, faz-se necessário uma mudança nas matrizes curriculares dos cursos de graduação em enfermagem no Brasil de modo que a formação deste profissional lhe oportunize situações que contribuam para o seu preparo acerca dessa relação entre saúde e meio ambiente. OBJETIVOS: Descrever os conhecimentos de graduandos de enfermagem sobre questões de saneamento e saúde. METODOLOGIA: Trata-se de relato de experiência sobre duas aulas a cerca de questões de saneamento e saúde, cuja metodologia empregada foi a problematização da realidade com a apresentação de dois estudos de casos de diagnósticos ambientais de dois territórios próximos à Universidade. As aulas foram aplicadas a 23 graduandos de enfermagem, que estavam cursando a disciplina de Enfermagem em Saúde Pública e Meio Ambiente do campus Rio das Ostras da Universidade Federal Fluminense, no segundo semestre do ano de 2017 e no primeiro semestre do ano de 2018. RESULTADOS: Os resultados sugerem que os discentes identificaram o saneamento básico inadequado como um problema ambiental desencadeador de diversas doenças infeciosas. Somente dois graduandos citaram a exposição aos agrotóxicos e aos metais pesados como situações associadas ao risco de doenças crônicas. Os participantes não tinham conhecimento da drenagem de águas pluviais como quesito do saneamento, assim sendo, não relataram o problema das enchentes ao risco de doenças como leptospirose e arboviroses. CONCLUSÃO: Notou-se conhecimento insuficiente dos discentes de enfermagem sobre a saúde ambiental, especialmente sobre saneamento e saúde. A metodologia ativa do processo de ensino tornou o conteúdo das aulas mais atraente e dinâmico, a partir da troca de conhecimentos e da motivação dos estudantes para aprendizagem sobre as realidades e o tema em questão.