O estudo analisou a prevalência de fadiga em pacientes com dor neuropática. Trata-se de um estudo descritivo, transversal cuja amostra foi constituída por pacientes em tratamento ambulatorial pra dor crônica neuropática no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP). A coleta de dados ocorreu entre fevereiro de 2017 e março de 2018. Utilizou-se o Questionário para Diagnóstico de Dor Neuropática (DN-4) para identificação da dor neuropática, Escala Analógica da Dor para avaliação da intensidade da dor e a avaliação da fadiga foi feita pela Escala Multidimensional de Fadiga, todos de auto-preenchimento. Pacientes com incapacidade de compreender os instrumentos foram excluídos. Participaram do estudo 129 pacientes, sendo 65 homens (47,1%) e 64 mulheres (52,9%). A intensidade média da dor foi de 6,59 (DP=2,07). A idade média da amostra foi de 53 anos (DP=13). A fadiga foi relatada por 87 pacientes (67,45%) com intensidade média de 6,67 (DP=2,08). A fadiga foi mais prevalente em mulheres (71%) do que em homens (63%). O conhecimento desses aspectos pode direcionar para novas estratégias e intervenções de enfermagem, visto que o enfermeiro tem um importante papel frente ao controle da fadiga e a recuperação dos pacientes com dor crônica neuropática, proporcionando uma assistência integralizada e causando um impacto positivo na qualidade de vida do paciente.