Anais - 21º CBCENF
Resumo
Título:
CARACTERIZAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DOS CASOS DE DENGUE EM MATO GROSSO DO SUL
Relatoria:
RAQUEL DA SILVA VIEIRA
Autores:
- Danielly Cristina de Andrade Palma
- Katia Motta
- Flávia Renata da Silva Zuque
- Michele Lopes Dinis
- Emileide dos Santos Almeida Vaz
- Vivian Coutinho Galeski
- Jeane Marlene Fogaça de Assis Barreto
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Políticas Públicas, Educação e Gestão
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Dentre as diferentes arboviroses que acometem o ser humano, a dengue se tornou um problema de saúde pública, devido aos altos índices de morbidade. A doença é causada por um vírus pertencente ao gênero Flavivirus, da família Flaviviridae, que possui quatro sorotipos: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4, sendo transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti e pela espécie A. albopictus. A maioria dos casos ocorrem nos períodos onde há elevação da temperatura e do índice pluviométrico, o que gera aumento na umidade relativa do ar, favorecendo o número de criadouros disponíveis e o desenvolvimento do vetor. Nesse estudo, buscou-se investigar os aspectos epidemiológicos dos casos de dengue notificados em Mato Grosso do Sul, no período de 2010 a 2012. Trata-se de um estudo epidemiológico descritivo, a partir de dados secundários obtidos na base de dados do SUS – Datasus, do Ministério da Saúde. As variáveis estudadas foram: faixa etária, sexo, raça, escolaridade, critérios de confirmação, autóctone, mês dos primeiros sintomas, classificação final e evolução. Após tabuladas as mesmas passaram por análise descritiva. No período do estudo, foram notificados 78.403 casos de dengue, sendo que, em 25% desses casos, os primeiros sintomas ocorreram em março. Houve um predomínio da forma clássica (87%); a maioria dos casos (57%) acometeu indivíduos do sexo feminino; de raça branca (43%), na faixa etária de 20 a 59 anos (63%), com ensino fundamental incompleto (20%). O critério clínico-epidemiológico foi o mais utilizado para confirmação dos casos (50%). Quanto ao local de infecção, 85% eram autóctones. Em relação à evolução dos casos 85% evoluíram para cura. Os resultados demonstram que houve prevalência de casos no mês de março, período caracterizado pelo verão sul mato-grossense, em que ocorre maior concentração de chuvas. Dessa forma sugere-se que os gestores e demais seguimentos da sociedade devam investir no fortalecimento das ações de prevenção e controle dos criadouros e vetores em período anterior para o controle da dispersão viral.