Entre os diversos cuidados prestados ao RN podemos destacar o curativo do coto umbilical, uma prática simples, porém quando não bem realizada pode gerar graves problemas a saúde da criança. Diversos mitos e crenças se encontram entrelaçados nessa prática, sendo necessária uma intervenção por parte dos profissionais de saúde no qual devem identificar e corrigir hábitos que sejam nocivos sempre respeitando os valores culturais no qual os indivíduos estão inseridos. Objetivos: identificar os conhecimentos das mães adolescentes sobre o curativo do coto umbilical e a influência cultural nos cuidados prestados ao recém-nascido, se as mesmas receberam orientações no pré-natal acerca dessa temática e quais práticas elas aplicaram ao cuidar do coto. Metodologia: Trata-se de um estudo com abordagem qualitativa de objetivo descritivo e exploratório. A amostra desta pesquisa foi composta por 15 mães adolescentes que tiveram seus filhos em um hospital público do interior do estado de Mato Grosso no ano de 2012. A coleta de dados foi realizada em 2013, por meio de entrevista com roteiro semiestruturado no qual as respostas foram gravadas em mídia eletrônica e, posteriormente, transcritas. Os dados coletados foram agrupados e separados por categorias, analisados por meio de análise de conteúdo, modalidade temática. Emergiram três categorias: E agora mãe?! Curativo do coto umbilical?!; “Se é natural não faz mal”; O papel do pré-natal no preparo das adolescentes para os cuidados pós-parto. A pesquisa conta com aprovação (Parecer CEP n° 69351/08/2012). Resultados: evidenciou-se medo e a insegurança no momento de cuidar do coto umbilical; 87% das participantes utilizaram a faixa umbilical devido a crença que a faixa impedirá que o umbigo fique protuso; apenas uma adolescente mencionou realizar o curativo a cada troca de fralda; a maioria das mães adolescentes utilizaram substâncias como o fumo e o azeite no coto; a maioria das adolescentes não receberam orientações adequadas sobre o coto umbilical e a importância do curativo de forma adequada. Conclusão: Ainda existem muitas práticas relacionadas ao cuidado com o coto que está interligado a cultura popular. Além disso, o medo e o desconhecimento sobre o coto umbilical são fatores que influencia na não realização do curativo pelas mães, sendo transferido esse cuidado para pessoas do convívio familiar.Palavras-chave: adolescentes, saúde da criança, curativo.