Atualmente o modelo de assistência obstétrica no Brasil é caracterizado por excessivas intervenções no trabalho de parto, o que tem colaborado para o aumento de números de cesarianas e a morbimortalidade materna e perinatal. Assim, esse trabalho discorre sobre a humanização da assistência ao parto, sendo essa uma ação que tem como objetivo o atendimento humanizado a parturiente, reduzindo as taxas de cesáreas e de mortalidade materna, e assegurar maior participação da parturiente nas decisões sobre sua saúde, garantindo assim, o máximo bem-estar da mulher e do bebê entre outros. O objetivo desse estudo foi identificar na literatura os artigos que relatam ações que devem ser realizadas pelos profissionais de enfermagem para que ocorra a humanização do trabalho de parto normal e identificar as dificuldades encontradas nos hospitais para se implantar um modelo de assistência ao parto de forma humanizada. A metodologia utilizada foi uma investigação exploratória e descritiva desenvolvida por meio de levantamento bibliográfico nas bases de dados como LILACS, MEDLINE, SCIELO e BDENF. Com este estudo podemos obter os resultados de que o direito a presença do acompanhante (71,4%) foi o tema mais estudado nos últimos anos como uma ação que melhora e humaniza o trabalho de parto e parto, seguido do contato pele a pele (53,5%), deambulação e estímulo ao parto vertical (normal) (39,2%), e uso de cuidados não farmacológicos no alívio da dor como a respiração ritmada e ofegante, banho morno e de imersão, uso de bola e cavalinho (25%), respectivamente. Além da restrição do uso rotineiro de ocitocina e episiotomia (25%). O tipo de dificuldade mais encontrada para se implantar um modelo de assistência ao parto de forma humanizada é a realização de capacitações dos profissionais (71,4%), seguido de mudança da organização da assistência (60,7%), e mudança da cultura hospitalar (25%), respectivamente. Conclui-se que para as taxas de partos normais e a humanização da assistência de enfermagem aumentem e seja implantada, devem ser realizadas capacitações de toda a equipe profissional, e demonstrar como essa mudança no modelo assistencial é necessário para a melhoria da assistência, pois o desenvolvimento de ações humanizadas e não intervencionistas extrapolam a humanização e são necessárias para garantir os direitos da gestante. Descritores: Humanização da assistência, Parto Normal, Enfermagem Obstétrica.