Introdução: O cuidado domiciliar é uma estratégia assistencial exercida junto ao indivíduo, à família e à comunidade, que enfatiza a ampliação da autonomia do paciente, bem como o autocuidado. Direciona-se a atender as pessoas que estão incapacitadas de se locomoverem aos serviços de saúde, temporária ou permanentemente. A atenção domiciliar possui como arcabouço legal a portaria Nº 825, de 25 de abril de 2016, que redefine a Atenção Domiciliar (AD) no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) e atualiza as equipes habilitadas. O atendimento domiciliar é efetuado principalmente pela equipe de enfermagem, porém o plano de cuidado é discutido com a equipe multidisciplinar, visando à assistência integral. Diante deste contexto da atenção domiciliar, o conhecimento do perfil epidemiológico e das características sociodemográficas dos pacientes sob cuidados paliativos auxilia o enfermeiro no planejamento da assistência e do plano de cuidados. Objetivo: Identificar os pacientes elegíveis aos cuidados paliativos e descrever suas características clínicas e sociodemográficas. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal, descritivo, com abordagem quantitativa, tendo como sujeitos os pacientes elegíveis aos cuidados paliativos, cadastrados no Serviço de Atenção Domiciliar de Ribeirão Preto - SP. Resultados: obteve-se um total de 134 pacientes sendo 67 (50%) do sexo masculino com idade media de 59,2 anos, 67 (50%) do sexo feminino com idade media de 70,8 anos, onde se pode observar que 92 (68,7%) eram idosos sendo 58 (63%) do sexo feminino e 34 (37%) do sexo masculino dentre as mulheres a patologia mais comum é o Alzheimer e o câncer, dentre os homens as patologias mais comuns são as sequelas de acidentes que causam trauma raquimedular, farturas de vertebras ou traumatismo craniano e Alzheimer. Conclusão: pode concluir que a assistência prestada aos pacientes elencados ao cuidado paliativo deve ser baseada em suas características clínicas e psicossociais. Já o planejamento estratégico do Serviço de Atenção Domiciliar epidemiológico, deve ser subsidiado pelo perfil epidemiológico, proporcionando suprimentos, equipamentos e profissionais capacitados para atender com qualidade e efetividade a demanda dos pacientes e de seus familiares.