A Leishmaniose Tegumentar é uma doença ocasionada por protozoários do gênero Leishmania, podendo acometer pele e mucosas. A forma cutânea classicamente apresenta-se por pápulas, que evoluem para úlceras, podendo ser lesões únicas ou múltiplas. O antimonial pentavalente é a terapêutica indicada para todas as formas da doença, entretanto, é contraindicado na gestação, sendo necessário o uso de medicamentos de segunda escolha, como a Anfotericina B ou a Pentamidina. Relatar a assistência de enfermagem prestada a uma gestante com Leishmaniose Tegumentar Americana. Trata-se de um estudo do tipo relato de experiência, realizado no setor de internação obstétrica de um Hospital Universitário, em abril de 2015, enfocando a assistência de enfermagem a uma gestante com diagnóstico de Leishmaniose Tegumentar, apresentando lesões em membros inferiores em forma de úlceras, com fundo granuloso e bordas infiltradas em moldura. Como primeira etapa do processo de enfermagem, inicialmente realizou-se entrevista e exame físico, os quais compõem o histórico e fundamentam a definição dos diagnósticos. Os principais diagnósticos de enfermagem encontrados foram integridade da pele prejudicada, risco de infecção e perturbação da imagem corporal. As principais intervenções foram realizar regularmente a inspeção da pele e aspecto das lesões e orientar quanto aos cuidados de higiene. Por contraindicação do medicamento de primeira escolha, a gestante recebeu tratamento com Anfotericina B por 14 dias. Durante internação, recebeu os cuidados de enfermagem, foi orientada quanto à doença e tratamento e foram realizados curativos diários. Após termino do tratamento medicamentoso, recebeu alta hospitalar, com orientações para acompanhamento ambulatorial. Destaca-se a importância da assistência de enfermagem nesse contexto, tendo em vista sua atuação nas orientações ao paciente e cuidados diretos com as lesões cutâneas, tanto em ambiente hospitalar quanto ambulatorial.