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Anais - 21º CBCENF

Resumo

Título:
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA SÍFILIS CONGÊNITA EM MACAPÁ NO PERÍODO DE 2013-2017
Relatoria:
ROSANGELA SANTOS DA COSTA
Autores:
  • Thais Gomes dos Santos
  • Ingride da Conceição Silva
  • Tatiana Campos Tavares
  • Clóvis Luciano Giacomet
Modalidade:
Pôster
Área:
Políticas Públicas, Educação e Gestão
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
INTRODUÇÃO: As infecções sexualmente transmissíveis (IST) constituem um sério problema de saúde pública, dentre elas a sífilis merece destaque, que é uma doença de notificação compulsória, infectocontagiosa sistêmica, de evolução crônica, causada pela bactéria Treponema pallidum, sujeita a períodos de latência, de transmissão sexual (forma adquirida) ou vertical (congênita). A sífilis congênita é o resultado da disseminação hematogênica do treponema pallidum, da gestante infectada não tratada ou inadequadamente tratada para o seu concepto, por via placentária. A prevenção da sífilis congênita é realizada exclusivamente no pré-natal. Diante dessa morbidade, fica evidente os grandes impactos na função física, social e psicológica do paciente, contudo, ressalta-se a importância do levantamento estatístico e epidemiológico. OBJETIVO: Analisar o perfil epidemiológico dos casos notificados de sífilis congênita no município de Macapá-AP, no período de 2013 a 2017. MÉTODOS: Pesquisa retrospectiva e descritiva. Os dados foram coletados na Coordenadoria de Vigilância em Saúde (CVS) e Sistema de Informação de Notificação de Agravos (SINAN) do município. RESULTADOS: Verificou-se um total de 266 (100%) casos confirmados de sífilis congênita. A maior prevalência deu-se no ano 2013, com 108 casos (41%), diminuindo para 10 (4%) os casos notificados em 2017. Em Macapá, a média da taxa de incidência foi 6,2 casos/1000 nascidos vivos, ficando abaixo da média nacional (29,2 casos/1000 nascidos vivos). Tais indicadores sugerem abaixa qualidade do pré-natal no país e o desinteresse por parte dos profissionais de saúde quanto ao diagnóstico e tratamento da doença. CONCLUSÃO: Nota-se que houve uma queda nas taxas de detecção de sífilis congênita ao longo dos anos estudados, porém, a taxa de incidência dessa patologia no município de Macapá ainda é superior ao valor de 0,5/1000 nascidos vivos, meta estabelecida para eliminação da doença. Ressalta-se a importância de uma boa intervenção na assistência primária, propondo uma política de controle e monitorização desta doença no município, visto que o diagnóstico oportuno da sífilis na gravidez é o principal desafio para o controle da sífilis congênita, objetivando a diminuição do índice de transmissões verticais.