INTRODUÇÃO: A morte encefálica (ME) ocorre quando o paciente perde a capacidade completa de suas funções vitais e é a condição principal para que o paciente possa ser um potencial doador de órgãos e tecidos, sendo necessários exames complementares para confirmação desse diagnóstico que proporciona a necessidade de comunicar a família e verificar a possibilidade da autorização da captação de órgãos. Neste momento, é que se encontra a maior dificuldade enfrentada pela equipe interdisciplinar, pois uma abordagem adequada aumenta as chances de sucesso na aprovação da doação. OBJETIVOS: Estabelecer estratégias por evidencias da literatura para a abordagem da equipe na comunicação com a família em situação de ME com potencial doador. MÉTODOS: Trata-se de uma Prática baseada em evidências, realizada em seis fases e desenvolvida em duas bases de dados com ampla indexação: Medline e LILACS com estratégias específicas para a coleta de 34 artigos. Após análise de critérios de elegibilidade a amostra foi constituída por quatro estudos. RESULTADOS: Evidencia-se estratégias vinculadas a três fases da comunicação: 1- preparação e convite; 2- execução/postura; 3 – acordo final. Na primeira fase é importante um preparo do ambiente que será realizada a comunicação, o convite à conversa deve ser cordial, para que na segunda fase, a equipe possa assegurar a compreensão dos familiares da situação irreversível do paciente e que depois exponha a possibilidade da doação com clareza e atenção nos detalhes dos procedimentos. Assim, ao final da reunião é importante realizar um acordo com prazos para respostas e delegação das responsabilidades com apoio aos familiares. CONCLUSÕES: Compreendeu-se que, existem estratégias que auxiliam na melhor comunicação e abordagem dos profissionais com os familiares e que a utilização destas fases são possíveis e importantes para melhor sucesso da aprovação da doação.