Introdução: As doenças crônicas na infância constituem em um dos maiores problemas de saúde pública e geralmente estão relacionadas a diversas alterações no cotidiano familiar de caráter biopsicossociais, que se acentuam ainda mais quando a família não conta com o suporte de uma rede social. Nesta perspectiva, acredita-se que quanto maior for o apoio social oferecido, maiores serão recursos que a família terá disponível para enfrentar as situações de vulnerabilidade frente a condição crônica da criança. Objetivos: caracterizar o tipo de estudo e discutir as implicações do saber produzido nos programas de pós-graduação stricto sensu de enfermagem acerca da temática referente à rede social de famílias de crianças com doença crônica. Metodologia: Trata-se de uma revisão documental cujos dados foram coletados nos Catálogos de Teses e Dissertações da CAPES. Para a busca das publicações foram utilizados os descritores: apoio social, rede social, doença crônica e criança. Foram incluídas as dissertações e teses de enfermagem sobre a temática publicadas no período de 2008 a 2017. Após a seleção dos estudos foi realizada a categorização e interpretação dos dados obtidos. Resultados: Durante o recorde temporal estudado foram produzidas 14 dissertações de mestrado e 06 teses de doutorado sobre a temática da rede social de famílias de crianças com doenças crônicas. A maioria dos estudos foi do tipo descritivo, com uma abordagem qualitativa e realizados nos Programas de Pós-Graduação das regiões: Sudeste, Nordeste e Sul do país. Tais pesquisas mostraram que a doença crônica infantil acarreta em uma mudança significativa no contexto familiar e a falta do suporte dos membros da rede social incluindo os profissionais de saúde pode contribuir para a insegurança da família no cuidado e enfrentamento das adversidades decorrentes da condição crônica, principalmente quando a criança se encontra dependente de tecnologias no domicílio. Conclusão: Conclui-se que é de fundamental importância que os pesquisadores em enfermagem aprofundem e ampliem a sua produção científica sobre o contexto social das famílias de crianças com doenças crônicas, pois tal conhecimento contribui para a implementação de estratégias de fortalecimento das relações da rede de apoio voltadas para o cuidado e promoção da saúde infantil.