O consumo excessivo de álcool faz parte de uma realidade mundial; historicamente, o consumo era mais comum entre os homens, porém as mudanças no papel social da mulher têm determinado uma diminuição nas diferenças de comportamento entre os gêneros e acarretado um maior consumo de drogas lícitas pelo sexo feminino; sendo que o consumo de bebida alcoólica por mulheres durante a gestação, expõe a sua saúde em alto risco.Dessa forma é muito importante, a atuação do enfermeiro durante a consulta de pré-natal, a fim de identificar as gestantes que fazem uso abusivo de álcool.O estudo, portanto teve como Objetivo verificar as ações do enfermeiro no pré-natal às gestantes usuárias de álcool. Método exploratório, descritivo, de abordagem qualitativa, realizado com enfermeiros das Unidades Básicas de Saúde de um município de Minas Gerais.Os dados foram coletados por meio de um instrumento semi-estruturado.Para interpretação dos resultados utilizou-se a técnica de Análise de Conteúdo. ResultadosParticiparam do estudo 15 enfermeiros, sendo 14 (93,3%) do sexo feminino, faixa etária de 31 a 37 anos, 7 (46,6%) e o tempo de formação, de 6 a 10 anos, 7 (46,6%).Quanto à capacitação, possuíam especialização em Enfermagem do Trabalho, Planejamento Urbano, Unidade de Terapia Intensiva, Nefrologia, Obstetrícia e Neonatal; Saúde Coletiva e Saúde da Família; Residência em Saúde da Família e 02 Mestrado em Ciências da Saúde. Foi elaborado como categorias Estratégias de atendimento às gestantes, que incluiu as ações como encaminhamento para o serviço de referência de alto risco, visita domiciliar, busca ativa e parceria com o CAPS ad (Centro de Atenção Psicossocial em álcool e drogas); CRAS (Centro deReferência de Assistência Social) e Dificuldades de acompanhamento das gestantes devido à falta de adesão ao pré-natal. Considerou-se que entre os fatores que dificultam a adesão das gestantes, estão o atendimento desintegrado entre a UBS e o CAPSad; no acolhimento, elemento determinante na formação do vínculo da gestante com os profissionais e com o serviço de pré-natal; na falta da sistematização de enfermagem, como uma maneira de melhorar a qualidade da assistência prestada e na qualificação dos profissionais que atuam nas Unidades Básicas de Saúde visando reduzir os riscos e agravamento de complicações à saúde dessas gestantes e dos conceptos.