Anais - 21º CBCENF
Resumo
Título:
POLÍTICA NACIONAL DE SEGURANÇA DO PACIENTE: OFICINAS COM PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM
Relatoria:
MARIANNA SOUSA ALVES ARAÚJO
Autores:
- Anna Beatriz da Silva de Sousa Melo
- Laiane Silva Mororó
- Maria Edileuza Soares Moura
- Rafael Carvalho de Maria
- Wyllma Rodrigues dos Santos
Modalidade:
Pôster
Área:
Políticas Públicas, Educação e Gestão
Tipo:
Relato de experiência
Resumo:
Introdução: os eventos adversos remetem ao incidente causado pelo cuidado que resultou em danos à saúde, provocando, aumento dos custos no tratamento, tempo de permanência e/ou comorbidades hospitalares, representando problema de saúde pública no Brasil e no mundo. Assim, identificou-se a necessidade de fomentar a reflexão crítica acerca da temática, uma vez que esta é pouco abordada nas academias e escolas profissionalizantes, bem como desconhecida por alguns profissionais de saúde. Objetivo: qualificar a equipe de enfermagem de dois hospitais públicos do Maranhão sobre o Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP). Metodologia: relato de experiência baseado na realização de oficinas sobre o PNSP com profissionais de enfermagem. Utilizou-se o método de problematização de Paulo Freire que pressupõe um estudante protagonista no processo de construção do conhecimento. A análise seguiu o método estatístico simples, definiu as estratégias mais repetidas indicadas pelos profissionais e buscou fundamentação técnica acerca do proposto. As oficinas ocorreram durante o turno de trabalho desses profissionais que se dirigiam em grupos para o local das oficinas. Resultados e discussão: 206 profissionais de enfermagem participaram das oficinas. Observou-se que cerca de 60% destes desconheciam os aspectos concernentes ao PNSP, uma vez que se trata de um programa instituído há cinco anos e em estruturação em muitos serviços de saúde. Aproximadamente 30% dos participantes apresentaram alguma resistência em expressar-se, pois implicava na exposição de temas considerados difíceis de ser abordado abertamente, o que gerou certo grau de desconforto nas discussões. Contudo, identificou-se uma resposta positiva dos profissionais ao semear a ideia do cuidado seguro, possibilitando uma avaliação crítica dos riscos de danos ao paciente e prevenção de eventos adversos. Conclusão: o método de problematização rompe o modelo de ensino tradicional possibilitando o desenvolvimento da capacidade crítico-reflexiva e para a segurança do paciente, se torna um aliado para a construção do cuidado seguro. A realização das oficinas foi exitosa, contudo, o medo de exposição de potenciais falhas existentes no sistema de saúde, reflexo da cultura punitiva, limitou os participantes. A vivência revelou que ainda há necessidade de repetidas discussões sobre segurança do paciente, bem como de avançar-se para uma gestão comprometida com a qualidade da assistência à saúde.