INTRODUÇÃO: As constantes transformações contemporâneas têm gerado novas pressões e exigido cada vez mais dos indivíduos, seja em termos de responsabilidades com o trabalho, seja em sobrecarga adicional de tarefas, tornando-os mais vulneráveis às doenças psicossomáticas e orgânicas, dentro e fora das empresas. Dessa forma, o estresse causa um impacto no dia a dia dos trabalhadores, pois acarreta danos físicos, psíquicos, sociais e culturais. Apesar de ser um fenômeno comum a todas as ocupações, ele pode ser mais facilmente identificado em alguns grupos específicos, como a equipe de enfermagem, em que as fontes de pressão desses postos de trabalho são mais altas, se comparadas a outras profissões. OBJETIVO: Evidenciar a ocorrência de estresse ocupacional entre profissionais de enfermagem como um sério problema de saúde, bem como identificar fatores relacionados à sua ocorrência e possíveis medidas para seu controle. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão bibliográfica realizada a partir de artigos científicos com data de publicação entre os anos de 2013 e 2018. Para efetividade da busca dos artigos científicos, foram utilizados os descritores “estresse ocupacional” e “equipe de enfermagem”; encontrando 272 documentos. RESULTADOS: Foram encontrados, na literatura pesquisada, diversos índices de profissionais de enfermagem com algum nível de estresse, encontrando cifras que oscilaram entre 22% e 56,5% (RIBEIRO et al, 2018; RODRIGUES et al, 2017; TRETTENE et al, 2016; KESTENBERG et al, 2015). Foram descritos como os principais fatores relacionados à ocorrência de estresse ocupacional aqueles relacionados às demandas de trabalho excessivas, pressão emocional, falta de reconhecimento profissional e a dificuldade de relacionamento interpessoal (UENO et al, 2017; PINTO et al, 2015). CONCLUSÃO: Percebe-se que o estresse ocupacional está presente em grande parte da equipe de enfermagem e pode acarretar situações de adoecimento físico e mental, o que compromete a qualidade da assistência prestada. Por meio da identificação dos estressores elencados, tanto os trabalhadores quanto os empregadores podem buscar mecanismos que minimizem as fontes geradoras de estresse, visando melhorar a qualidade de vida e de trabalho.