Introdução: As manobras de reanimação cardiocerebral visam manter artificialmente o fluxo arterial do cérebro e outros órgãos vitais até que a circulação espontânea se restabeleça, portanto, o atendimento à parada cardíaca deverá ocorrer em até 4 minutos para que não ocorram danos cerebrais irreversíveis. Se isso for realizado de forma correta, aumenta em 70% a chance de sobrevida de uma pessoa. Portanto, faz-se necessário saber qual o nível de conhecimento da população quanto ao atendimento prestado a uma vítima de parada cardíaca. Objetivo: Identificar o conhecimento de estudantes de ensino médio sobre parada cardíaca e ressuscitação cardiopulmonar. Casuística e Métodos: Estudo prospectivo, transversal com abordagem quantitativa. A amostra foi constituída por 142 estudantes de ensino médio de uma instituição privada e 82 de uma pública. Os dados foram coletados por meio de questionário com questões abertas e de múltipla escolha sobre a identificação da parada, sequência do atendimento e manobras de ressuscitação cardiopulmonar de acordo com o Guidelines da American Heart Association. Resultados: Da amostra de 224 estudantes, nenhum participou anteriormente de treinamento formal em SBV em ambas instituições. Identificou-se predomínio da resposta sim sobre o que é uma parada cardiorrespiratória, entretanto, grande parte não conseguiu responder sobre os sinais de uma pessoa em PCR. Nas instituições pública e privada a questão relacionada a facilitar a respiração de uma pessoa em parada cardiorrespiratória teve maior número de acertos, seguido da questão que aborda a atitude ao encontrar uma pessoa inconsciente. Identificou-se a questão sobre profundidade das compressões torácica, com menor índice de acertos. Conclusão: É necessário treinamento em SBV para estudantes de ensino médio, ou até mesmo a inserção de conteúdo teórico e prático sobre RCP como parte integrante da grade curricular das escolas, afim de preparar os estudantes para o atendimento às vítimas de PCR.