INTRODUÇÂO: O óbito de menores de 01 ano de idade pode estar relacionado a fatores ambientais e a qualidade da assistência materna e infantil; a redução do número destes óbitos tornou-se um dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio. OBJETIVO: Descrever as características do óbito de menores de 01 ano de idade de uma microrregião de saúde do interior do Mato Grosso do Sul. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo transversal, descritivo, com análise quantitativa de dados secundários referentes à mortalidade infantil da microrregião de Coxim (MS), no período de 2006 a 2016. Os dados utilizados foram obtidos no Sistema de Informações de Mortalidade (SIM), disponível no Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde – DATASUS. RESULTADOS: No período de 2006 a 2016 foram registrados 182 óbitos em menores de 01 ano de idade, sendo: (101) no período neonatal precoce, (23) no período neonatal tardio e (56) no período pós-neonatal; apresentando redução de óbitos a partir do ano de 2012. Dos óbitos referentes ao período estabelecido para análise, 55,49% estavam relacionados às afecções originadas no período perinatal e 21,42% ocorreram em decorrência de malformações congênitas. As principais causas de óbito no período neonatal precoce e tardio foram: malformação congênita (29), fatores maternos e relacionados à gravidez (25), afecções respiratórias do RN (18) e septicemia bacteriana do recém-nascido (14); no período pós-neonatal as principais causas foram a malformação congênita (10) e as condições relacionadas a fatores ambientais, como: doenças infecciosas/parasitárias (7) e causas externas de morbimortalidade (9). A via de parto vaginal representou 53,29% do modo de nascimento das crianças e a prematuridade foi observada em 54,39% (99) dos óbitos. Quanto o peso ao nascer, observou-se que 69,30% dos óbitos do período neonatal precoce apresentavam peso inferior a 2499g. CONCLUSÃO: Observa-se que a redução do óbito de menores de 01 ano de idade iniciou após os municípios da microrregião realizarem a adesão à Rede Cegonha, momento em que foram intensificadas ações para garantir o acesso e qualidade da assistência á saúde materna e da criança. Embora a redução da mortalidade infantil represente um desafio para os serviços de saúde, percebe-se que a qualificação profissional, a implantação/implementação de protocolos assistenciais e o investimento nos serviços para o acompanhamento materno-infantil contribuem para a redução do óbito em menores de 01 ano de idade.