Introdução: A Residência Multiprofissional em Saúde é definida como modalidade de ensino de pós-graduação lato sensu, e baseada na educação em serviço. Neste contexto as metodologias pedagógicas ativas, como a aprendizagem baseada em projetos, permitem um vínculo ensino-serviço onde o planejamento educativo e a instrumentalização, propiciam a identificação de necessidades e possibilidades de transformações, tendo o aluno como sujeito central neste processo. Objetivos: Descrever a experiência do enfermeiro residente durante a Disciplina Projetos Aplicativos I (DPA-I) da Residência Multiprofissional em Intensivismo. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa descritiva, exploratória, qualitativa, tipo relato de experiência, realizada em uma Universidade privada do interior do Estado de São Paulo, de março a junho de 2018. Foi baseada na experiência do enfermeiro residente na DPA-I, teórico prática, cuja ementa propõe “Compreensão e análise diagnóstica do campo das atividades práticas. Intervenção construtiva em projetos educativos, investigativos, assistenciais e gerenciais em atenção à saúde em terapia intensiva”. Resultados: A DPA faz parte de um grupo de disciplinas divididas em 4 semestres, onde em cada uma há um objetivo específico. Na DPA-I, o objetivo é reconhecer o ambiente onde as práticas são realizadas, e a mesma teve seu desenvolvimento em quatro etapas: a primeira de reconhecimento de legislações e diretrizes legais, sendo realizadas buscas por documentos oficiais (leis, regulamentações e manuais de boas práticas de sociedades); a segunda, elaboração de um roteiro de inspeção específico para o ambiente onde as práticas acontecem, e elaborada uma planilha contemplando as seguintes áreas: Identificação, Estrutura Físico-funcional, Recursos Humanos, Recursos Materiais, Medicamentos e Equipamentos, Processos de trabalho, Transporte, Segurança do paciente, Infecção Hospitalar e Biossegurança; a terceira, aplicação do roteiro; e a quarta, a tabulação e elaboração de um relatório apontando potências e fragilidades, apresentação ao serviço com propostas para o que foi identificado, e projetos a serem continuados na Disciplina de Projetos Aplicativos II. Conclusão: A DPA-I possibilitou a realização do reconhecimento pleno da unidade e a identificação de fragilidades a serem trabalhadas, onde a utilização da metodologia ativa colocou o aluno como sujeito central de sua aprendizagem, garantindo sua autonomia e responsabilidade dentro deste processo.